As candidaturas vencedoras de Rússia para a Copa do Mundo de 2018 e de Qatar para o Mundial de 2022 têm um ponto em comum: ambas planejam investimentos recorde em estádios.
Escolhida para 2018, a Rússia disputava a realização do Mundial com Inglaterra, Espanha/Portugal e Holanda/Bélgica. Os russos planejam gastar US$ 3,82 bilhões (cerca de R$ 6,5 bilhões) para reformar três estádios e construir outros 13. No total, o país pretende ter 16 arenas prontas para a Copa.
A candidatura inglesa alegava que o ponto forte da campanha era o fato de o país já ter prontos sete dos 17 estádios que abrigariam a Copa. No final, ficou claro que essa suposta vantagem dos ingleses não valeu na hora da escolha. Mesmo assim, o comitê do país previa gastar US$ 2,4 bilhões (cerca de R$ 4 bilhões) para reformar cinco e construir outros cinco para o Mundial.
Já a proposta de Espanha/Portugal teria 21 estádios candidatos, dos quais nove seriam reformados e cinco construídos do zero. Pela previsão do comitê local, seriam gastos aproximadamente US$ 2 bilhões (cerca de R$ 3,4 bilhões) para adequar as arenas.
A outra candidatura conjunta, de Holanda e Bélgica, afirmava ter pronto apenas um dos 14 estádios que seriam usados no Mundial. Seis arenas seriam reformadas e outras sete construídas, o que daria um total de US$ 2,43 bilhões (cerca de R$ 4,1 bilhões) investidos em estádios.
Na disputa para sediar a Copa do Mundo de 2022, Qatar venceu as candidaturas de Estados Unidos, Coreia do Sul, Austrália e Japão. Os árabes planejam investir US$ 3 bilhões (cerca de R$ 5,1 bilhões) para reformar três estádios e construir outros nove. Serão utilizadas 12 arenas no Mundial.
Sede da Copa do Mundo de 1994, os EUA ainda iriam definir entre 18 estádios indicados quais participariam do Mundial. Mesmo assim, o comitê do país afirmava ter todos prontos, e que não seria necessário investir para reformar ou construir arenas.
Japão e Coreia do Sul, que sediaram em conjunto o Mundial de 2002, tinham as mais baixas previsões de investimentos em estádios. Os japoneses planejavam usar 13 arenas na Copa, e estimaram entre US$ 700 milhões (cerca de R$ 1,191 bilhões) e US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 2,2 bilhões) o valor necessário para reformar 12 e construir um estádio. A Coreia do Sul planejava investir ainda menos. Seriam US$ 877 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) para reformar 13 arenas e construir uma.
