A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria Estadual do Trabalho e Renda (Setrab) estão oferecendo até o final da tarde de hoje (3) serviços públicos para moradores do Complexo do Alemão que não têm ou perderam seus documentos. Ao mesmo tempo, está informando a população do conjunto de favelas da zona norte do Rio sobre oportunidade de emprego e de cursos de capacitação para trabalhar na área do turismo.

O defensor público Fábio Schwartz afirmou estar surpreso com o grande número de pessoas que não têm qualquer documento. “Muita gente é praticamente invisível para a sociedade”. Ele afirmou que há uma grande procura por segunda via de documentos. “Também houve alguns casos de denúncias de abuso policial, que estamos encaminhando à Corregedoria da Polícia”.

Segundo Schwartz, além de assessoria jurídica, inclusive para parentes de criminosos foragidos da Justiça, o principal atendimento prestado pela unidade da defensoria é a emissão do protocolo que garanta a isenção de taxas para retirada dos documentos, como certidão de nascimento e carteira de identidade.

Moradora da comunidade da Fazendinha, no conjunto de favelas do Alemão, a cozinheira Sandra Regina, 35 anos, afirmou que está há dois anos sem a identidade. Ela disse que só agora poderá ter a segunda via do seu documento. “É muito caro para tirar. Custa R$ 44 para tirar a segunda via da identidade.”