Uma reunião convocada às pressas pelo promotor Marcos Brant Gambier Costa com os vereadores de Barra do Garças, na tarde desta sexta-feira (3), pode afastar a hipótese da prefeitura de Barra do Garças extinguir o serviço dos agentes de trânsito, conhecidos como "azulzinhos". A possibilidade surgiu em função do desgaste político que estaria incomodando o prefeito Wanderlei Farias e os vereadores que o apoiam na cidade. O promotor decidiu se antecipar a qualquer decisão do legislativo e pediu que o serviço seja mantido.

Brant reuniu nove dos 10 vereadores do município onde afirmou que seria temerário recuar no serviço. Ele expôs alguns benefícios com o serviço na cidade e admitiu que há algumas falhas que podem ser corrigidas. O representante do Ministério Público Estadual (MPE) disse que vai elaborar uma notificação recomendatória com os ajustes necessários para manter o serviço eficiência a comunidade. O documento deve ser apresentado oficialmente na segunda -feira (6).

Entre os ajustes propostos para manter os azulzinhos estão: a suspensão das multas por 60 dias e nova campanha de conscientização dos motoristas; proibição de multas no quadrilátero central; reavaliação de todas as multas aplicadas com a possibilidade de devolução das abusivas; criação da faixa azul no centro; renovação dos contratos dos agentes, mas que terão que ser treinados novamente pela PM; realização do concurso público para suprir as vagas até julho de 2011; promover audiência pública com a comunidade.

A proposta prevê também a proibição de multas sem abordagem, motivo de várias reclamações. Se permanecer o serviços, os azulzinhos vão ter que usar apito para alertar os motoristas sobre as infrações. Além disso, não poderão mais fazer ‘armadilhas’ quando ficam escondidos em lojas ou atrás de arvores para aplicar multas. Os tachões chamados de ‘tartarugões do Wanderlei’ devem ser retirados também. 

O vereador Odorico Kiko (PT) informou que o legislativo ficou de analisar a proposta do promotor. O executivo não teve representante na reunião, mas especula-se que a vontade do prefeito é acabar com o serviço que lhe trouxe muito desgaste político já pensando em 2012.