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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Meio Ambiente

COP-16: brasileiro cobra mais comprometimento dos países


O embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil na 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), demonstrou frustração com as discussões da primeira semana do evento, que ocorre em Cancún, no México. Ele afirmou que houve "muito pouco" comprometimento das delegações nos primeiros dias do evento, que na próxima semana deverá contar com a presença de chefes de Estado e ministros do Meio Ambiente.

"Minha expectativa é que já teríamos uma ideia clara do que poderia sair de resultado. As posições deveriam estar em outro estágio, porque tivemos tempo ao longo deste ano para discutir os assuntos", afirmou. Para Figueiredo, as delegações "tem que se comprometer mais" principalmente no que diz respeito às negociações de um segundo período de compromissos com o Protocolo de Kyoto. O documento que estabelece metas de redução das emissões de gases poluentes para os países desenvolvidos expira em 2012 e ainda não há definições para os anos seguintes.

O Brasil defende novas metas para o segundo período, mas, nesta primeira semana de negociações em Cancún, o que se ouviu foram apelos para que seja a ideia de continuação do protocolo não seja abandona. Nações em desenvolvimentos e Organizações Não Governamentais (ONGs) se mobilizaram em torno da questão depois que o Japão declarou sua posição contrária. Rússia e Canadá também teriam sinalizado que não vão apoiar um segundo período de Kyoto.

Para o Japão, o protocolo está ultrapassado, pois os países que o ratificaram representam uma pequena parte do total de emissões do planeta. Os Estados Unidos nunca se comprometeram com o documento. Outro grande emissor, a China, como país em desenvolvimento não tem obrigação de cumprir metas.

Esvaziada
A semana decisiva de negociações da COP-16 já tem uma lista prévia dos chefes de Estado que devem discursar. Se na COP-15, realizada no ano passado, em Copenhague, mais de 100 chefes de Estado se encontraram para tentar fechar um acordo sobre metas para reduzir as emissões de gases-estufa, em Cancún a expectativa é que cerca de 30 compareçam para a reta final de discussões.

A lista preliminar cita Evo Morales, presidente da Bolívia, Rafael Correa, do Equador, Juan Manuel Santos, da Colômbia, e Porfírio Lobo, que assumiu Honduras após o golpe de Estado que tirou Manuel Zelaya do poder. Na previsão de discursos, porém, a Venezuela é representada por seu ministro de Relações Internacionais, Nicolas Moros, e o Chile, pela ministra do Meio Ambiente Maria Benitez.

O Brasil também estará representado por Izabella Teixeira, que chefia a Pasta ambiental do governo Lula e deve chegar a Cancun até esta segunda-feira. Em entrevista coletiva neste sábado, o negociador-chefe do Brasil na COP-16, embaixador Luiz Alberto Figueiredo, foi questionado sobre boatos de que Lula poderia reconsiderar a decisão de não participar da conferência. O embaixador respondeu que não tinha essa informação. Lula já discursou em tom de despedida na Cúpula Ibero-Americana, encerrada sábado na Argentina.

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