Olhar Direto

Sábado, 18 de maio de 2024

Notícias | Coluna do Auro Ida

Auro Ida

Articulista do Olhar fala sobre o renascimento do PSDB e DEM

O recado das urnas


As eleições complementares, realizadas em cinco municípios de Mato Grosso, sendo as três últimas no domingo passado, trouxeram um recado claro aos partidos políticos e a própria justiça eleitoral. Primeiro, mostrou, por assim dizer, o renascimento do PSDB e do DEM, trucidados nas eleições estaduais realizadas em 3 de outubro deste ano. Ainda que constrangidos, os tucanos e os democratas puderam comemorar vitórias em quatro municípios, com cada partido elegendo dois prefeitos.

O PSDB conquistou as prefeituras de Santo Antonio do Leverger e Campos de Júlio e o DEM abocanhou o comando de Poconé e Ribeirão Cascalheira. O PSB, do deputado federal reeleito Valtenir Pereira, foi vitorioso em Novo Mundo. Trocando em miúdos: nenhum dos partidos, que integraram a base da reeleição do governador Silval Barbosa, conseguiu sucesso na empreitada.

Nem o PMDB de Silval Barbosa, nem o PR do senador eleito Blairo Maggi, nem o PT do candidato derrotado ao Senado Carlos Abicalil e muito menos o PP do deputado federal Pedro Henry obtiveram êxito nos pleitos suplementares, apesar da vitória inconteste para o governo do Estado, tendo ainda elegido também a maioria para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa. Outro que fracassou na sua tentativa de se impor como nova liderança política foi o senador eleito Pedro Taques (PDT).

O seu candidato a Prefeitura de Poconé, por exemplo, ficou em último lugar, apesar dele ter ido duas vezes à cidade em campanha e ter forrado o município com santinho ao lado do vereador Rodemilson,que fez apenas 320 votos. O resultado mostrou que Pedro Taques não é o Midas do voto, como ele pensava ser depois que foi vitorioso na disputa das duas vagas de Mato Grosso no Senado Federal, em jogo nas últimas eleições. Rodemilson, sem a ajuda do senador eleito, havia conseguido em 2008 uma cadeira na Câmara Municipal c om mais de 700 votos. Ou seja: o apoio de Taques não lhe rendeu sequer um voto.

Os principais partidos da aliança de Silval Barbosa, além do PDT, precisam ter a humildade para entender o recado das urnas dessas eleições suplementares. Se subestimarem vão proporcionar aos tucanos e aos democratas renascerem no Estado, como Fenix ressurge das cinzas, para onde os dois partidos foram jogados nas eleições de 3 de outubro passado. A disputa das 141 prefeituras mato-grossenses, em 2012, começa com a oposição, representada pelo PSDB e o DEM, um passo na frente.

É verdade que o processo pode estar contaminado pelas eleições presidências, já que o candidato derrotado do PSDB a Presidência da República, José Serra, foi vitorioso em Mato Grosso, tanto no primeiro turno como no segundo. É certo também que o DEM, do senador Jaime Campos, se firmou como a segunda legenda de Mato Grosso com 25 prefeitos, 197 vereadores, dois estaduais e um federal.

Por fim, para a justiça eleitoral, a população mostrou que está cansada de eleger e não levar. Ou seja: as cassações dos mandatos não foram bem assimiladas. Mesmo com o voto sendo obrigatório, a abstenção foi muito alta e, o que é preocupante, os novos mandatários assumem de certa forma enfraquecidos para exercerem o mandato tampão, apesar da legitimidade.

Defendo e sempre vou defender que o resultado das urnas precisa ser aceito pelos TRE's como se fosse um veredicto de um júri popular. Só no Brasil que há indústria eleitoral, beneficiando advogados e... deixa pra lá, senão podem até me processar.

PT derrota PSDB

A possibilidade do deputado federal Pedro Henry (PP) conseguir o registro da sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem causando pânico no PSDB e no PT. Os dois partidos, que elegeram respectivamente, o ex-prefeito de Sinop, Nilson Leitão, e o ex-prefeito de Juína, Saguas Moraes, correm o risco de perder a vaga se Henry for vitorioso no TSE.

A peça central dessa disputa era o ex-tenente Willian Dias (PTB), aliado do PSDB. Os seus mais de dois mil votos iriam decidir para onde a balança ia pesar. No primeiro ‘round’, os tucanos comemoraram, porque o registro da candidatura dele estava sendo deferido por 4 a 2 pelo pleno do TSE, quando a ministra Carmem Lúcia pediu vistas. No segundo ‘round’, o PT comemorou, porque a ministra votou pelo indeferimento e o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandosviski, refez o seu voto e acompanhou Carmem Lúcia.

Resultado disso é que os votos de Willian Dias não serão computados. Assim, restaria ao PSDB e a Nilson Leitão torcer para que o TSE venha manter o indeferimento do registro da candidatura de Pedro Henry. Para tristeza deles, órgão decidiu que os votos do parlamentar serão computados mesmo que o registro não seja deferido. Vai para a legenda. Quem está agora na expectativa é o primeiro suplente Roberto Donner (PP), que pode virar deputado federal. Ságuas Moraes pode comemorar de novo a sua eleição, que já está seguro.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet