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Sob pressão, Conselho aprova OSs, causa tumulto e Henry sai escoltado (Veja fotos)

06 Abr 2011 - 16:01

Da Redação - Pollyana Araújo e Priscilla Vilela

Foto: Pollyana Araújo/OD

Sob pressão, Conselho aprova OSs, causa tumulto e Henry sai escoltado (Veja fotos)
Mesmo sob pressão e protestos de estudantes e militantes de diferentes segmentos sociais, o Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso aprovou por 13 votos a 12 o novo modelo de gestão proposto pelo secretário de Saúde, Pedro Henry (PP). Foram quatro votos nulos e uma abstenção.


A votação durou cerca de duas horas e meia e foi interrompida várias vezes pelos representantes do movimento estudantil, que se manifestaram contra a contratação de Organizações Sociais (OSs) para a gestão das unidades de saúde.

A maioria dos conselheiros que pediu para se manifestar antes do processo de votação se manifestou contra à concessão dos serviços de saúde do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, tanto da administração quanto do atendimento.

Somente quatro dos 13 que votaram a favor do novo sistema se pronunciaram antes e foram vaiados pelo público presente. Um deles foi o representante do Sistema Único de Saúde Mato Grosso e de outras entidades sociais, como a União Coxipoense de Associação de Moradores de Bairro (Ucam) e União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros e Similares (Ucamb), Edenir Pereira, alegou que a maioria dos defensores do atual modelo de saúde não conhece a sua realidade e não é usuário do SUS. Mas foi contestado aos gritos.

Ao final da votação, os estudantes ficaram tão revoltados que chegaram a agredir verbalmente o secretário, xingando-o de "mensaleiro e sanguessuga", em referência ao processo em que o ex-deputado federal é investigado por suposto envolvimento na chamada "Máfia das Sanguessugas", que consistia no desvio de verbas públicas por meio da compra de ambulâncias superfaturadas, e no esquema do Mensalão.

Henry não conseguiu concluir a reunião e tentou deixar o local, mas foi impedido pelos manifestantes em um primeiro momento. Após um tempo de espera, ele conseguiu deixar o local, mas sob a escolta da Polícia Militar.

Entretanto, os protestantes fecharam a saída do Hotel Fazenda Mato Grosso, onde foi realizado o evento. Liberaram a saída após conversa com policiais militares e representantes da Secretaria de Saúde por cerca de 20 minutos.

De acordo com o diretor de movimentos sociais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lehu Wanio, estavam presentes cerca de 400 manifestantes, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), Universidade de Cuiabá (Unic) e do Centro Universitário Cândido Rondon (Unirondon).

Mesmo após a aprovação do novo modelo por parte do conselho, os estudantes prometem não recuar. A cúpula do movimento estudantil se reunirá ainda hoje para definir quais serão os próximos atos contra a terceirização.

Atualizada às 17h50








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