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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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caso leopoldino

Delegado Pieroni e Josino são presos pela PF acusados de fraude

Foto: Reprodução

Delegado Pieroni e Josino são presos pela PF acusados de fraude
O delegado da Polícia Civil Marcio Pieroni e o empresário Josino Pereira Guimarães, acusado de assassinar o juiz Leopoldino Marques do Amaral em 1999, foram presos nesta segunda-feira (09). Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Mato Grosso, a pedido do Ministério Público Federal (MPF)


Segundo informações da assessoria do MPF, além do pedido de prisão Pieroni, Josino e seu irmão Cloves Luiz Guimarães, bem como o investigador da Polícia Civil Gardel Tadeu Ferreira de Lima e o detento Abadia Paes Proença foram denunciados pelos crimes de formação de quadrilha armada, denunciação caluniosa, falsidade ideológica, fraude processual, interceptação telefônica para fins não autorizados em lei, quebra de sigilo funcional e violação de sepultura.

Eles são acusados de terem armado uma investigação paralela comandada pelo delegado Pieroni, para levantar a suspeita de que Leopoldino ainda estava vivo e beneficiar Josino, que será julgado em breve pela morte do magistrado.

A investigação instaurada por Pieroni tinha como principal objetivo plantar dúvidas sobre a morte do juiz, com a afirmação de Abadia de que Leopoldino estava vivo e morando na Bolívia.

Durante os trabalhos comandados pelo delegado, que na época era titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), depoimentos foram falsificados, realizaram-se interceptações telefônicas cujos diálogos foram orientados pelos réus e produziram-se laudos periciais por dentistas particulares para legitimar a fraude.

Conforme o MPF, um dos dentistas, nomeado por Pieroni para produzir um laudo falso, confessou que realizou exame de arcada dentária recebeu de Josino R$ 2,5 mil. Ele chegou a entregar o comprovante de depósito ao Ministério Público.

Com documentos e depoimentos falsos o delegado chegou a solicitar uma nova exumação dos restos mortais do juiz, mas foi impedido por determinação judicial dos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

Após ter sido constatada a farsa envolvendo a morte do magistrado a Polícia Federal e o MPF instaurou investigações, que comprovaram a fraude. Nos depoimentos colhidos pelo delegado Renato Saião apenas Abadia, que está preso aguardando julgamento pelo crime de latrocínio contra uma idosa, continuou mantendo suas declarações prestadas para Pieroni.

Todas as outras pessoas ouvidas na Polícia Civil confirmaram a fraude, atestando que não prestaram as declarações da forma como redigidas pelo delegado, e afirmaram terem sido orientadas para ligarem para números de telefones interceptados e terem suas conversas direcionadas pelo por Pieroni e o agente de polícia Gardel.

Polícia Civil

A Polícia Civil informou que a Corregedoria Geral acompanhou a prisão preventiva do delegado, que foi encaminhado a uma cela no Grupo de Operações Especiais (GOE), em Cuiabá, à disposição da Justiça.

A Polícia Civil também comunica que continua em tramitação na Corregedoria procedimento administrativo disciplinar, aberto em março, com base nas informações coletadas no inquérito policial aberto pelo delegado Márcio Pieroni, sobre suposta denúncia de que o juiz Leopoldino Marques do Amaral estaria vivo.

O corregedor Adriano Peralta preside o processo administrativo. Segundo ele, a Corregedoria aguarda documentação da Procuradoria da República sobre as novas provas da Polícia Federal, para juntada nos autos do processo. Conforme o corregedor, a Procuradoria informou que a documentação será enviada ao final das investigações que corre sobre o segredo de Justiça.


Atualizada às 16h00/16h10/16h16
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