Depois do Bem Estar desta sexta-feira (13), a neurologista Cristiana Borges Pereira respondeu a outras perguntas que chegaram pela internet. Ela deu mais explicações sobre como funciona o equilíbrio do corpo.

Segundo a especialista, não é só a labirintite que causa tonturas e vertigem. Quando uma pessoa termina de se exercitar na esteira e volta a pisar no chão, é normal sentir um pouco de falta de equilíbrio, não há motivos para se preoucupar. Outra situação que costuma dar tonteiras é a pressão baixa. A médica diz que isso acontece porque falta irrigação no cérebro, o que não acarreta labirintite.

O que pode sim levar ao problema é o estresse. Quanto mais ansiosa é uma pessoa, tende a ter tonturas mais frequentes ou mais intensas. A doença não tem hora para surgir; a idade aumenta os riscos, mas crianças também podem manifestar os sintomas.

O que agrava a situação dos idosos é o quadro geral. O labirinto não funciona como o dos mais novos e outros problemas vêm a reboque. A visão e a força muscular, que são importantes no equilíbrio, também se deterioram com o tempo. Outro agravante é o uso de remédios, que é muito comum, e, pela união dos fatores, muitos idosos sofrem com as quedas.

A neurologista falou também sobre as polêmicas pulseiras do equilíbrio. Ela disse que nunca viu um estudo científico que comprovasse a eficácia do produto, mas não descartou completamente a possibilidade de que ele funcione. Embora não haja embasamento do ponto de vista químico, Cristiana disse que ele pode agir no psicológico da pessoa – o que a medicina chama de “efeito placebo”.