A Secretaria de Meio Ambiente do Estado se reuniu em Cuiabá com o Ministério do Meio Ambiente e os municípios do estado inseridos na Operação Arco Verde Terra Legal para impedir que Mato Grosso volte a liderar os rankings de desmatamento no país. “Foi muito sofrido chegar nesse patamar, foram muitas operações, mas nós conseguimos, e não podemos deixar o desmatamento voltar”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Alexander Maia.

Para Maia, a política de redução do desmatamento desempenhada no estado foi uma das melhores no país. No entanto, neste ano, o fantasma do desmate ilegal volta a assolar MT. Um dos principais problemas é a limpeza de áreas já desmatadas, mas que necessitam de licença ambiental. As queimadas e problemas logísticos para a fiscalização também são apontados pelos gestores municipais como os principais problemas.

Osmar Rossetto (PT), prefeito de Nova Ubiratã, município que lidera tanto o desmate quanto a queimada, afirma que os maiores incêndios da região são provocados por produtores que residem em outros municípios. O gestor também aponta que a cidade não tem capacidade de efetivar uma fiscalização eficiente sozinha.

“É difícil fazer a fiscalização, sem contar que os incêndios no município são causados por produtores de outras regiões. Os produtores da nossa cidade já aderiram ao desmatamento zero”, argumentou. Situação semelhante ocorre em Peixoto de Azevedo, como relata o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Celso José.

“O problema na nossa cidade, no ano passado, foi o fogo mesmo. Com o tempo muito seco, pessoas mal intencionadas atearam o fogo que se espalhou. Ai, os aproveitadores ateiam fogo também em seus terrenos e dizem que a culpa não é deles. Fica muito difícil de controlar. Nós precisamos de punições exemplares”, explica.

A Operação Arco Verde Terra Legal é uma operação continuada, fruto de um trabalho desenvolvido por várias secretarias e ministérios, chefiados pela Casa Civil do governo federal.