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Segunda-feira, 27 de maio de 2024

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G8 promete bilhões para promover 'Primavera Árabe'

O Grupo dos Oito prometeu dezenas de bilhões de dólares em ajuda para a Tunísia e Egito na sexta-feira e estendeu ainda mais a perspectiva de promover a Primavera Árabe e as novas democracias que estão surgindo de revoltas populares.


Comparando os eventos à queda do Muro de Berlim, que mudou a face da Europa, os líderes do G8, em uma reunião de cúpula anual na França, lançaram uma parceria para o Norte de África e o Oriente Médio, que vincula créditos de ajuda e desenvolvimento a reformas políticas e econômicas em países que estão derrubando governantes autocráticos.

A maioria da ajuda ocorreria na forma de empréstimos, em vez de doações, para os dois países na vanguarda dos movimentos de protesto que tomaram o mundo árabe, desde o Atlântico até o Golfo Pérsico. Egito e Tunísia estão planejando realizar eleições livres este ano.

O anfitrião da reunião, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que além dos 20 bilhões de créditos concedidos pelo Banco Mundial e similares credores regionais dominados pelas grandes potências, a mesma quantia viria de outras fontes - 10 bilhões de estados ricos em petróleo do Golfo Pérsico e 10 bilhões em ajuda bilateral.

Em um comunicado divulgado após a cúpula de dois dias no balneário francês de Deauville, os líderes do G8 assinalaram que 'apoiam firmemente as aspirações da Primavera Árabe, assim como as do povo iraniano'.

'As mudanças em curso no Oriente Médio e Norte da África são históricas e têm potencial para abrir a porta para o tipo de transformação que ocorreu na Europa Central e Oriental após a queda do Muro de Berlim', disse o G8.

TRANSFORMADOR

O pacote foi concebido como um plano de ajuda a outros países árabes em revolta por reformas democráticas, alguns deles passando por revoluções de rua como a que derrubou Hosni Mubarak, do Egito, e Zine al-Abidine Ben Ali, da Tunísia.

Altos funcionários egípcios e tunisianos reuniram-se com os líderes do G8, que engloba as sete potências ocidentais e a Rússia. Eles pediram um forte apoio para suas economias frágeis.

O turismo, importante fonte de receita tanto para a Tunísia quanto para o Egito, foi particularmente afetado pelas revoltas populares, que também assustaram os investidores internacionais.

'Estamos realmente muito satisfeitos com as declarações muito fortes, claras e precisas proferidas por todos os países do G8 e as instituições financeiras', disse o ministro das Finanças da Tunísia, Jalloul Ayed, em entrevista a jornalistas em Deauville.

'Está muito claro que todos querem nos ajudar.'

Um relatório do FMI, na quinta-feira, disse que o financiamento externo necessário aos países importadores de petróleo do Oriente Médio e estados norte-africanos chegaria a 160 bilhões de dólares nos próximos três anos.

O FMI disse que poderia fornecer 35 bilhões de dólares, mas muitos Estados estão implementando medidas de austeridade para conter o déficit orçamentário e a dívida pública, ações que poderiam afetar a quantia que a entidade está disposta a desembolsar para ajudar as democracias árabes emergentes.

(Reportagem adicional de Alexei Anishchuk, Marie Maitre, Steve Holland, Jeff Mason, Luke Baker, Geert De Clercq, Nick Vinocur, David Ljunggren, Francesca Piscioneri, Gernot Heller, Emmanuel Jarry, Yann LeGuernigou, Yoko Kobata e Keith Weir em Deauville)
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