O secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, determinou a abertura de procedimento administrativo e instaurou Inquérito Policial para apurar a suposta falha no atendimento à família de uma vítima de acidente de trânsito. Os parentes do jovem informaram ter encontrado o ente em mau estado de conservação no Instituto Médico Legal (IML), devido um problema no refrigerador.
A família procurou a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do BRasil - seccional de Mato Grosso, Betsey Polistchuk de Miranda, no final de março indignada com a situação. Diógines encaminhou à entidade um ofício contendo anexos de todos os documentos apresentados previamente pelos responsáveis e servidores, como relatórios de plantonistas e da Diretoria do IML, além de declaração da empresa de refrigeração contratada para o serviço afirmando não ter havido interrupção no funcionamento dos equipamentos e outros.
A denúncia foi levada pela advogada não apenas à Secretaria de Segurança, mas também ao Governo do Estado e à Diretoria da Polícia Civil, buscando providências quanto aos fatos.
A presidente da CDH, Betsey Polistchuk de Miranda, relatou quanto à demora na identificação do corpo por omissão de funcionários do Instituto que afirmavam aos parentes que ele não se encontrava no local, apesar de estar identificado. Ela cobrou da Diretoria da Delegacia Civil quanto à demora na instauração do inquérito policial e da Secretaria de Segurança Pública, a responsabilização dos envolvidos.
A Diretoria do IML, em seu documento, questionou a alegada condição de avançado estado de putrefação do cadáver, elencando alguns fenômenos que ocorrem no congelamento, entre eles o escurecimento da pele e o odor chamado “ocre”. Porém, reconheceu o mau atendimento aos familiares.
O diretor metropolitano de Medicina Legal, Jorge Barbosa Caramuru, informou que se reuniu com a família do falecido para apresentar desculpas formais e buscar a identificação do funcionário que atendeu o irmão dele, que afirmar não se lembrar de quem era.
