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Domingo, 19 de maio de 2024

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Audi A1 quer bater o Mini Cooper no Brasil

Lançado oficialmente no Brasil neste mês, o Audi A1 tem expectativas inversamente proporcionais ao seu tamanho. Com 3,95 m de comprimento, o compacto chega ao país para quase dobrar as vendas da Audi. Segundo o presidente da marca, Paulo Kakinoff, a meta é que o A1 responda por quase 40% das vendas da marca em 2011, estimadas em 6.500 unidades.


Na ponta do lápis e excluindo os 600 A1 já comercializados durante a pré-venda no Salão do Automóvel de São Paulo, o objetivo da Audi é vender neste ano 2.000 A1. O índice é superior aos 1.635 Mini Cooper que chegaram às ruas em 2010, segundo dados da Fenabrave. O compacto produzido pela BMW é o principal rival do mais barato dos Audi.

Mini-Audi

Bem, o termo correto talvez fosse “menos caro”. Isso porque os R$ 90 mil pedidos pelo A1 elevam o termo compacto premium ao extremo. A ideia é que esse seja o Audi dos jovens (endinheirados) que normalmente comprariam o Cooper. Por isso, o “mini-Audi” chega ao país em versão única, com motor 1.4 turbo de 122 cv e câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas. Direção eletro-hidráulica, ar-condicionado (analógico), trio elétrico, ABS, controle de estabilidade e seis airbags são de série.

Todo esse recheio é bem-acabado, com forrações e peças com espaços uniformes. O plástico é reduzido ao mínimo necessário na cabine, que conta com painel emborrachado e apliques ao redor dos difusores de ar. Mas dentro do A1 ainda bate o coração de Polo: a boa tela de cristal líquido no centro do painel não é retrátil, exigindo que o motorista abra e a feche manualmente.

Outras ausências são opcionais – literalmente. Sensor de estacionamento traseiro, crepuscular e de chuva são oferecidos à parte, assim como o banco com ajuste de altura. O A1 também pode ser equipado com o prático sistema start-stop (que desliga o motor durante paradas superiores a 3 segundos), teto-solar, ar-condicionado digital, som Premium Bose e partida por meio de botão. A lista de acessórios estéticos é mais extensa e diretamente inspirada nos Cooper. Do arco que liga as colunas A e C ao plástico ao redor dos difusores de ar, quase tudo pode ganhar cor ou adesivos.

Para divulgar o A1, a Audi preparou dois tipos de test-drive para o modelo: um na estrada, que incluía uma sinuosa serra, e outro dentro de um kartódromo. Não à toa, ambos os lugares permitiam explorar toda a dinâmica do novo Audi. Além do refinado acerto de suspensão e direção, o A1 tem entre seus principais destaque o motor – que tem um parente aqui no Brasil.

Primo da Kombi



Não é só na cilindrada que o 1.4 TFSI do A1 é igual ao bloco usado no veterano utilitário. Apesar de cabeçote, injeção e até material de construção serem diferentes (ferro fundido na Kombi, alumínio no A1), a arquitetura dos blocos é similar. Mas o parentesco está longe de prejudicar o premiado motor do Audi. Com 122 cv (contra 78 cv da Kombi), o propulsor do A1 supera até o 2.0 que equipa o Jetta.

Associado a ele está a já consagrada transmissão automatizada de dupla embreagem. Com sete velocidades, a S-Tronic junta acelerações empolgantes (0 a 100 km/h em 8,9 s) a um consumo invejável, de 15,4 km/l na cidade e 21,7 km/l na estrada, segundo a Audi. O amplo leque de relações aproveita melhor os 20,4 kgfm de torque enquanto reduz a rotação do motor na estrada a meros 2.200 rpm a 120 km/h.

As quase imperceptíveis trocas de marcha podem ser feitas por meio da manopla do câmbio ou pelas borboletas no volante. Como seu rival anglo-germânico, o A1 gosta é de virar, mas surpreende menos do que o Cooper. No limite, o hatch sai de frente de maneira previsível – escapadas de traseira, só com muito esforço e controle de estabilidade desligado. Assentado, o Audi aproveita uma boa plataforma associada à injustiçada suspensão traseira por eixo de torção. Tudo isso sobre pneus 215/45 R16.

Na balança, a disputa dos mini-alemães mostra-se acirrada e justa. Cada um com suas próprias particularidades, Audi e BMW/Mini querem ganhar as garagens que já guardam um A4 ou um Série 3. Com sangue inglês, o Cooper aposta na tradição e no estilo über chick, ao contrário do A1, que reforça o estilo malvado de ser dos Audi atuais, no desenho e no desempenho. Mas, apesar de seguirem linhas diferentes, Cooper e A1 cumprem com o que prometem: diversão ao volante em embalagem compacta.
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