Apenas os laboratórios e a biblioteca da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão paralisados com a greve dos técnicos da instituição. A terceirização no serviço público impediu que o restaurante universitário e a segurança fossem atingidos pelo movimento paredista. Em Rondonópolis, dos cerca de 30 seguranças da instituição, somente três são concursados. Do total de cinco motoristas, apenas um é efetivo.

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFMT (Sintuf) em Rondonópolis, Marilene Lira Cabral, os oito laboratórios do campus local estão parados. De todos os campi da UFMT no Estado apenas no curso de veterinária está aberto porque há vida de animais em jogo. “O nosso movimento só teria mais força se conseguíssemos parar os restaurantes universitários. Os funcionários terceirizados não aderem à causa porque são ameaçados de desemprego”. Ela também admite que a manutenção das aulas reduz o impacto da greve na universidade.

Na segunda-feira (06) apenas os técnicos da UFMT e a Universidade de Brasília (UnB) haviam parado. Agora são 16 instituições federais em greve. Eles cobram, dentre outros pontos, melhoria no valor do tíquete alimentação, hoje de R$ 304. “Antes era R$ 176. Os funcionários dos Correios ganham R$ 636, em Brasília paga-se mais de R$ 900.

A categoria ainda pleiteia 11,7% de reajuste salarial e reenquadramento dos aposentados.