O laudo do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) do Piauí, divulgado nesta quarta-feira (8), atestou que será necessária a troca imediata de oito mil dormentes nos 3,5 quilômetros de extensão do Metrô de Teresina. O sistema de transporte sofreu constantes descarrilamentos desde 14 de abril. O documento atende a um pedido do Ministério Público do Piauí, para que fosse feita uma vistoria técnica na linha.

Os passageiros devem voltar a usar o transporte até o fim de junho, segundo a a Companhia Metropolitana de Transportes Públicos (CMTP).

De acordo com a CMTP, a última paralisação do Metrô começou em 25 de maio. Nenhum passageiro foi transportado pelo sistema desde a data. A previsão da companhia é a de que a obra seja concluída nos próximos 15 dias.

Segundo com o laudo do Crea, dos oito mil dormentes do Metrô, quatro mil devem ser trocados imediatamente. Isso, segundo a companhia, para obedecer as normas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que prevê a possibilidade de a linha funcionar com até 20% dos dormentes com algum tipo de problema.

Histórico de problemas
O Metrô de Teresina parou de funcionar por dez horas após o descarrilamento de uma locomotiva ocorrido na linha, no dia 16 deste mês. Cerca de 100 passageiros estavam no vagão, mas não houve feridos. Esta foi a terceira vez que o Metrô enfrentou problemas semelhantes. O primeiro acidente ocorreu dia 14 de abril, na ponte do Bairro Ilhota, na zona Sul da capital. O segundo caso ocorreu dia 25 de abril.

Os dois primeiros descarrilamentos, de acordo com a CMTP, foram provocados por causa da chuva que atingiu a região em abril. Da última vez, a suspeita é a de que tenha ocorrido vandalismo ou sabotagem.