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Sábado, 18 de maio de 2024

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Universidade leva 90 anos para acabar dicionário de língua morta

Cientistas da Universidade de Chicago levaram 90 anos para completar um dicionário de uma antiga língua da Mesopotâmia, o assírio. O Dicionário Chicago Assírio contém 21 volumes que explicam os símbolos cuneiformes encontrados em tabuletas...

Foto: Divulgação

Universidade leva 90 anos para acabar dicionário de língua morta
Cientistas da Universidade de Chicago levaram 90 anos para completar um dicionário de uma antiga língua da Mesopotâmia, o assírio. O Dicionário Chicago Assírio contém 21 volumes que explicam os símbolos cuneiformes encontrados em tabuletas de argila escritas por babilônios e assírios entre 2.500 a.C. e 100 d.C.. As informações são do site do jornal britânico The Guardian.


O projeto foi lançado em 1921 por James Henry Breasted, fundador do Instituto Oriental, que faz parte da universidade. O dicionário reúne 28 mil palavras resultantes de milhões de registros reunidos nas últimas nove décadas. Segundo os realizadores, o assírio era um dialeto do acádio, outra língua semítica que forma o coração dos registros textuais da Mesopotâmia. Os pesquisadores acreditam que o documento pode levar a uma melhor compreensão da segunda língua.

O livro reúne vários sentidos para cada palavra e o contexto e formas de uso delas. De acordo com o jornal inglês, a palavra "umu", por exemplo, significa "dia" e ocupa 17 páginas que explicam até seu uso na Epopeia de Gilgamesh.


Robert Biggs, professor emérito da universidade, trabalhou por anos com arqueologia e recuperou diversas tabuletas, além de passar 50 anos no projeto do dicionário. "Você limpa a sujeira e aí pode surgir uma carta de alguém que poderia estar falando de uma nova criança na família, ou outra tabuleta que pode ser sobre um empréstimo até ao momento da colheita. Você percebe que esta foi uma cultura não só de reis e rainhas, mas também de pessoas reais, assim como nós, com preocupações semelhantes para a segurança, alimentação e abrigo para si e suas famílias", diz o pesquisador ao jornal.

"Eles escreveram estas tabuletas milhares de anos atrás, nunca esperando para que seriam lidas muito mais tarde, mas falam-nos de uma maneira que faz com que suas experiências venham à vida", diz o pesquisador, defendendo o projeto.

Segundo o diretor do Instituto Oriental, Gil Stein, afirma que o dicionário provê "uma chave para a primeira civilização do mundo". "Praticamente tudo o que nós tomamos como certo (...) têm suas origens na Mesopotâmia, seja a origem das cidades, das sociedades de Estado, a invenção da roda, a forma como medimos o tempo e, mais importante, a invenção da escrita", ele diz à agência AP. "Se nós queremos entender nossas raízes, temos que entender essa primeira grande civilização".
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