O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira (8) que a nova ministra da Casa Civil e esposa dele, Gelisi Hoffmann, deverá se concentrar em administrar projetos do governo. Quando estava à frente da Casa Civil, Antonio Palocci acumulava a função de gestão com a de articulação política, papel que tradicionalmente cabe ao Ministério de Relações Institucionais.

“A determinação da presidente é que ela se concentre na administração e no tocar os projetos”, afirmou. Paulo Bernardo defendeu a esposa das críticas de que ela não teria a experiência política necessária para o cargo.

“Ela tem muito mais experiência que eu. A Gleisi começou a militar com 14 anos no movimento estudantil. Você sabe que essa turma que passa pelo movimento estudantil é quase imbatível na articulação política, melhor do que a gente”, afirmou.

Paulo Bernardo participou da cerimônia de posse de Gleisi como ministra da Casa Civil, no Palácio do Planalto. Em discurso, a nova ministra afirmou que, ao escolhê-la para o cargo, a presidente Dilma Rousseff manifesta “apreço” ao Congresso Nacional. Gleisi é senadora pelo PT do Paraná e se licenciou do cargo para assumir a Casa Civil.

"Tenho consciência que minha escolha não se deve apenas à minha caminhada política. Ao escolher uma senadora da República, Dilma manifesta apreço ao Congresso Nacional, ao Poder legislativo", afirmou Gleisi, que discursou logo após o antecessor, Antonio Palocci, que deixou o cargo após denúncias sobre a evolução de seu patrimônio pessoal.