O secretário-adjunto de Assuntos Estratégicos da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante, disse nesta terça-feira (14), em Brasília, que o Grupo Especial de Fronteiras (Gefron) do governo do Estado, executa ações que o governo federal é quem deveria assumir. Ele lamentou o pouco ou quase nulo esforço do governo federal para dar apoio às ações do Grupo em uma das fronteiras por onde entram maior quantidade de drogas e armas no país.

Bustamante veio a Brasília para participar de uma audiência pública na subcomissão da Amazônia e Fronteiras da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Na ocasião, ele apresentou as ações desenvolvidas pelo Estado na proteção aos mais de 700 quilômetros de fronteiras do Estado com a Bolívia.

“Quem deveria patrulhar as nossas fronteiras é o governo federal, que não nos dá apoio nenhum nessa tarefa. Há trechos de fronteira no Pantanal que deveriam ser feitos por barcos, pois os parques nacionais são de responsabilidade da União. Faltam barcos para o patrulhamento efetivo”, reclama.

Segundo ele, o plano nacional de segurança nas fronteiras, lançado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff, segue o modelo do Gefron, que foi criado em 2002 pelo governo estadual. Bustamante informou já ter entrado em contato com o Ministério da Justiça para que dote o Gefron de condições adequadas para o trabalho que já vem sendo feito.

“O plano nacional de fronteiras segue o modelo do Gefron. Os nossos 90 homens foram capacitados por meio da política nacional de fronteiras. Precisamos de auxílio urgente do governo federal. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul se ressentem de não receberem o devido apoio da União”, ressaltou.