Esfriando as expectativas dos prefeitos da região do entorno da BR-158, o presidente do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias, afirmou que se empenhará em liberar Licença de Instalação(LI) da obra, mas não estabeleceu um prazo. Messias afirmou que dará uma resposta até o final da semana, “nem que seja para pedir mais prazo para uma resposta mais definitiva”.

Mais cedo a senadora, Serys Slhessarenko, informou que o presidente Luís Inácio Lula da Silva teria determinado, em reunião na semana passada, após consulta à representantes da FUNAI, que o IBAMA liberasse a licença até o dia 30 deste mês. Porém o presidente do IBAMA afirmou que “a determinação é que se faça, mas que se faça dentro do procedimento correto”.

O deputado federal, Wellington Fagundes (PR), afirmou que a FUNAI teria se comprometido a remeter uma carta ao IBAMA, informando que não haveria nenhum problema quanto a reserva indígena, o que seria o único impedimento para a liberação da licença. No entanto, o presidente do IBAMA afirmou que até então não teria recebido o referido comunicado.

A polêmica surgiu porque, no meio da rodovia está localizada a reserva indígena Marawatsede e por isso haveria uma determinação da FUNAI, para que fosse alterado o traçado com 60 km a mais, passando por fora da reserva. Porém a liberação estaria vinculada ao trecho de 213,5 km que está fora da área da reserva. Os prefeitos e a bancada federal de Mato Grosso pleiteiam que a LI, seja desvinculada do trecho que está sendo questionado.

Ainda de acordo com Messias, duas coisas o preocupam não travar o desenvolvimento e proteger as riquezas naturais do país. “O país precisa se vertebrar, precisa de estrutura, mas para isso o licenciamento tem que ser exigente, correto, para que não haja um problema futuro”.

O presidente do IBAMA afirmou também que a liberação vai depender dos dados técnicos que em muitos casos são equivocados o que acaba prejudicando o processo de liberação de licenças.