Novas medidas serão tomadas para a redução dos índices de desmatamento na Amazônia Legal. Isso é o que prometeu o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, após a primeira reunião da Comissão Interministerial de Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (CICCIA), realizada na tarde desta quarta-feira.
Pela manhã, Minc anunciou a mudança na lista dos municípios da Amazônia Legal que mais desmatam, dos 43 anunciados, 20 estão em Mato Grosso, mas três destes podem ser retirados da lista segundo o próprio ministro. Minc elogia a atuação do Estado que saiu do topo da lista dos que mais desmatam, lugar ocupado agora pelo Pará. Porém, ressalta que deve ser feito um trabalho específico com um avanço da pecuária detectado no Estado
Participaram da reunião o ministro da Justiça, Tarso Genro, o presidente do IBAMA, Roberto Messias Franco, o presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo José Fernandes Barreto Mello, o secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri e os diretores do Departamento de Polícia Federal, Luiz Fernando Correia e da Polícia Rodoviária Federal, Hélio Duarte.
Segundo o ministro Minc foram necessárias mudanças na área de atuação porque o perfil do desmatamento também mudou “antes as áreas desmatadas eram de 200 hectares e hoje são menores de 100 a 50 hectares”.
Com a atuação da comissão pretende-se melhorar a logística para o combate de ilícitos ambientais. Minc explica que todas as semanas ocorrerão reuniões operacionais. O ministro afirma que a operação Arco Verde, que retornou suas atividades há duas semanas, deve ser intensificada a partir de abril já com esse novo foco de atuação.
Haverá o que o secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, afirma ser uma “repressão qualificada”, agregando tanto a prevenção quanto a repressão. “O trabalho de prevenção será feito junto à população, porém com o crime organizado tem que se trabalhar com repressão”.
Ainda de acordo com o ministro Minc, o trabalho deve ser intensificado nos municípios considerados campeões de desmatamento. “A operação promoverá um incentivo a regularização fundiária além de linhas de crédito junto ao Banco do Brasil e Banco da Amazônia”.
