O prefeito Zé Carlos do Pátio convocou a imprensa para se manifestar contrário à paralisação das atividades em sala de aula nesta quarta-feira (26). Os professores cruzaram os braços cobrando equiparação do salário inicial da classe, que no município é por volta de R$1.500, para os mais de R$1.900 que o estado paga ao professor em início de carreira.

Pátio argumentou que se for para comparar terá que ser feito o reajuste por todo o quadro, o que significa também deixar por igual o plano de carreira oferecido pela administração com o subsídio estadual, o que, segundo ele, é melhor na sua gestão. O prefeito classificou o fato de crianças sem aulas e creches fechadas como ‘lamentável’.

A secretária Marilda Rufino também participou da coletiva. Para ela, o principal prejudicado acaba sendo quem pouco tem a ver com essa negociação. “Aproximadamente 17.000 crianças ficaram sem aulas. Isso não tem justificativa. Claro que temosque sentar para discutir os avanços para o setor da educação, como em todos [os setores]. Mas tudo planejado e respeitando o orçamento do município”, frisou.

O prefeito mencionou os investimentos na área da educação e lembrou os benefícios do projeto de carreira para os professores. “Custeamos a ida dos professores da zona rural para o local de trabalho. Vamos construir nove creches em nosso governo. Um professor com dez anos de trabalho em nossa rede chega a ganhar R$ 500 a mais que um de responsabilidade do estado. Criamos salas multifuncionais e laboratórios em todas as escolas municipais. Não há motivo para estar acontecendo isso”, relatou.