O senador Pedro Taques (PDT/MT) abriu mão de apresentar emendas ao projeto de lei da Câmara dos Deputados (PL 88/2011) e defendeu aprovação imediata da proposta que cria a Comissão da Verdade, instrumento proposto pelo governo federal para investigar crimes políticos cometidos entre 1946 e 1985.

A matéria está na pauta do plenário do Senado e deve ser submetida a uma votação histórica ainda nesta quarta-feira (26/10). O projeto foi aprovado há pouco pelo Senado.

Taques disse ter se convencido de que o projeto de lei deve ser aprovado com urgência em respeito aos familiares das vítimas e aos próprios envolvidos em prisões e torturas. O senador afirmou ainda que ter esperança de que as propostas que ele apresentaria sejam analisadas pela Presidência da República para tornar a investigação mais produtiva e eficaz.

"Confio na presidente DIlma (Rousseff), que já passou por isso, foi uma torturada política, e poderá tornar este trabalho da Comissão da Verdade mais produtivo", destacou Taques em aparte ao senador Aloísio Nunes (PSDB-SP).

A principal preocupação do Senado foi quanto à efetividade dos trabalhos da comissão com relação ao que será feito efetivamente com as conclusões das investigações. Ele defendeu a apuração dos fatos levantados pelo Ministério Público.

Entre as emendas que seriam propostas, Taques iria sugerir que o período a ser investigado fosse apenas a partir de 1961, ano em da primeira tentativa de golpe militar, sem a contemplação dos crimes posteriores a 1946, ainda na Era Vargas.
 
A despeito de não propor emendas, o senador mato-grossense sugeriu a escolha imparcial, impessoal e criteriosa dos membros da Comissão para evitar que a composição seja unilateral.

Atualizada e corrigida às 22h25