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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Corregedor apura denúncia de juíza sobre suposta venda de sentenças

Diante das recentes denúncias de venda de sentença feitas pela juíza aposentada compulsoriamente, Wandinelma dos Santos, envolvendo o escritório da advogada Célia Cury, esposa do desembargador Tadeu Cury, o corregedor geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Márcio Vidal, solicitou à comarca de Peixoto de Azevedo (608 km de Cuiabá) informar se houve a instauração de inquérito policial do caso.


As denúncias foram feitas pela magistrada aposentada durante entrevista à TV Centro América. Wandinelma afirmou ter sido ‘assediada’ em 2003, quando teria recebido das mãos de um estagiário do escritório de Célia Cury uma sentença pronta, à qual ela só deveria estabelecer o valor a ser pago por sua ‘canetada’.

Diante da denúncia, o desembargador Márcio Vidal verificou o processo sobre a denúncia feita por Wandinelma no Tribunal de Justiça e constatou que o arquivamento na época foi correto, por não ser de competência da Corregedoria analisar o caso, e sim de comunicar o fato à presidência do TJ-MT, como foi feito.

Por se tratar de notícia de crime de corrupção ativa, o corregedor pediu informações para saber se na época houve a instauração de inquérito e, caso a resposta seja positiva, qual o resultado do inquérito. A solicitação foi feita na semana passada e Marcio Vidal ainda aguarda resposta, informou a assessoria.

OAB – MT

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB-MT), Claudio Stábile, disse em entrevista ao Olhar Direto, que o Tribunal de Ética e Disciplina (TED) já está com cópia da entrevista da magistrada e irá analisar a possibilidade de se instaurar, ou não, um processo ético disciplinar para analisar a conduta da advogada Célia Cury.

Outro Lado

A redação tentou contato com a juíza aposentada, por telefone, mas não obteve êxito.

O advogado de defesa de Célia Cury, Lima Neto, explicou que estava em viagem desde a semana passada e ainda vai analisar o caso antes de qualquer manifestação.

Histórico

Wandinelma foi aposentada compulsoriamente em março deste ano. Dentre os motivos que culminaram na punição, a magistrada foi acusada de ter comportamento incompatível com a magistratura, entre eles, baixa produtividade.

Célia Cury, por sua vez, foi apontada pela Polícia Federal como uma das principais articuladoras de um esquema de venda de sentenças no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), deflagrado em 2010, durante a Operação Asafe. A advogada já responde a processos éticos na OAB-MT.

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