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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Greve de funcionários da Caixa Econômica pode atrapalhar PAC

Foto: Thalita Araújo/OD

Greve de funcionários da Caixa Econômica pode atrapalhar PAC
Os engenheiros, arquitetos e advogados funcionários da Caixa Econômica Federal amanheceram em greve nesta terça-feira. Eles reivindicam mais contratações para o setor e outras questões trabalhistas como realinhamento de salários. A greve é nacional, por tempo indeterminado e, aqui em Mato Grosso, irá afetar diretamente as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, PAC.


Esse setor de funcionários tem apenas cerca de 30 pessoas em todo o Estado. Ele é responsável por processos de financiamento, programas do governo, como o PAC, projetos de habitação diversos e toda a parte jurídica.

Arilson da Silva, presidente do Sindicato dos Empregados em Empreendimentos Bancários de Mato Grosso, SEEB/MT, explica que, com essa greve, teoricamente o PAC fica paralisado. Teoricamente, explica Arilson, porque a Caixa pode terceirizar trabalho para que as obras continuem normalmente. Mas, o presidente acredita que isso não vai acontecer. “Quase 100% dos engenheiros estão em greve. Seria um custo muito alto para terceirizar. É mais fácil ajustar a situação dos funcionários”, diz Arilson.

Um dos grevistas, o advogado Jorge Amadin, diz que outro problema da terceirização que a Caixa poderia fazer é a qualidade do serviço. Ele não questiona a eficiência dos terceirizados, mas explica que fazer parte do contexto, conhecer as peculiaridades do processo e a dinâmica do trabalho são pontos fundamentais, os quais só os funcionários possuem. O advogado diz que, certamente, o PAC sofrerá reflexos da paralisação.

Há cerca de três anos as reivindicações desse setor já vem sendo feitas. Questionado sobre se esse momento de iniciar a greve não seria estratégico, já que o PAC sofre momentos de tensão em Cuiabá e não poderia sofrer mais impasses, Arilson diz que não existe nenhuma relação entre o contexto atual aqui e a greve dos funcionários. Ele explica que a greve é nacional e que, eles aqui, jamais teriam força para mobilizar o mesmo setor em todo Brasil para iniciar o movimento em uma mesma data, baseados apenas nos problemas locais de uma região. Ele ainda esclarece que o momento foi decidido em função do prazo que a própria Caixa Econômica deu aos funcionários para resolver algumas questões, que foi até o final de março.


Os motivos

Os cerca de 30 funcionários que entraram em greve hoje em Mato Grosso, entre advogados, arquitetos e engenheiros, e mais os 2.400 funcionários do setor em todo o Brasil, reclamam da sobrecarga que sofrem, dentre outros problemas.

Arilson explica que, aqui em Cuiabá, por exemplo, existem 10 advogados da Caixa, que cuidam de 15 mil processos atualmente, de todo o Estado.

Os grevistas também pedem pelo realinhamento salarial, o que significa aproximar o salário de cada categoria ao que ela costuma receber em outras empresas pelo país. “Nós queremos mais valorização profissional”, afirma o presidente do SEEB/MT.
Desde o fim da campanha salarial de 2008 a Caixa Econômica havia se comprometido com os trabalhadores das carreiras profissionais em apresentar uma melhoria na atual estrutura salarial, mas ainda não cumpriu os prazos e metas discutidos em negociações.

Após 48 horas de greve os sindicatos farão novas assembleias para avaliar as mobilizações e discutir a continuidade ou não da paralisação. É importante lembrar que essa greve não altera o atendimento bancário à população.
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