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Sábado, 04 de maio de 2024

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DEFESA

Diretora nega pressão e diz que parecer foi alterado por ser pessoal

Apesar da divulgação de gravações compremetedoras, a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Gomide de Faria Vianna, garante não ter sofrido pressão para alterar o parecer...

Apesar da divulgação de gravações compremetedoras, a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Gomide de Faria Vianna, garante não ter sofrido pressão para alterar o parecer técnico do projeto que muda o modal de transporte em Cuiabá. Ela alega que a discussão ocorrida durante a reunião, cujo áudio foi divulgado em denúncia da edição de quinta-feira do jornal O Estado de São Paulo, foi uma conversa normal entre os participantes.


Em entrevista à Agência Brasil, Gomide informou que a nota técnica foi revisada por conter vícios de linguagem e opinião pessoal, além de ser subjetiva. Ela explica ainda que o parecer não representava a opinião da diretoria e do Ministério das Cidades, e por isso solicitou a revisão do documento, já que ele  foi “inadvertidamente” colocado como se fosse a posição da diretoria.

“Não houve pressão de maneira nenhuma [para mudar o parecer técnico]. Essa análise é uma análise de praxe, que a gente debate internamente no governo”, disse. “O Ministério das Cidades faz toda a análise técnica, a gente debate conjuntamente. Eu e o doutor Cássio fazemos parte do G-Copa, portanto, a gente está sempre conversando sobre todos os projetos que envolvem análise”, completou.

Segundo informações do jornal, o documento teria sido forjado pela diretora com autorização do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto. Na gravação, Gomide diz aos técnicos, em tom de ameaça, que eles trabalham para o governo e precisam atender a vontade do ministério.

O servidor de carreira Higor Guerra foi o autor do parecer de 16 páginas contrário a troca de uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Ele se recusou a alterar o parecer e acabou sendo desligado do órgão.

Luzia Gomide acrescentou ainda que o governo estadual apresentou fortes argumentos para a troca, sendo o principal deles o menor número de desapropriações - elemento considerado importante na análise de um modal. Ela ressalta ainda que a alteração do modal trará benefícios à população de Cuiabá.

Sobre os gastos adicionais da mudança de modal, que em tese iria gerar um valor adicional de R$ 700 milhões, a diretora explica que não representará ônus para o governo federal.

O recurso originalmente aportado como participação do estado na obra de Cuiabá era de R$ 423 milhões e, segundo a diretora, vai permanecer o mesmo. As denúncias publicadas pelo jornal indicam que, com a alteração, os custos seriam elevados para R$ 1,2 bilhão. No entanto, o restante dos recursos será aportado pelo governo do Estado por meio de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).

“De jeito nenhum [houve fraude]. Estou absolutamente espantada com essa situação que estou vivendo. A gente trabalha de uma maneira absolutamente transparente, totalmente de boa fé”, disse. “[O episódio foi] Uma quebra de confiança. A princípio, uma quebra grave confiança, que justifica [uma] sindicância. E o ministro já providenciou a solicitação dessa sindicância, para entender tudo isso”.
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