O presidente da Confederação Nacional de Saúde José Carlos de Souza Abrahão entende que as dificuldades enfrentadas pela saúde no estado se devem ao fato de que os recursos são finitos enquanto que a necessidade da população é infinita. O representante chegou a Mato Grosso em meio ao turbilhão de enfrentamento que o Governo do Estado e o município enfrentam na polêmica das Organizações Sociais de Saúde, postas como uma alternativa de gerencia para as falidas unidades públicas.

A limitação financeira do Estado seria um dos principais motivos para o caos que assolou Mato Grosso, culminado por falta de infra-estrutura, principalmente no Hospital Municipal Pronto Socorro de Cuiabá (HPSMC), que é responsável por receber o atendimento não só de pacientes da capital, mas também de centenas do interior. Unidades que deveriam ser criadas para que houvesse remanejamento da demanda, continuam paralisadas ou com suas obras esquecidas, como é o caso do Hospital Central.

Abrahão aponta que a OSS pode ajudar a resolver esses problemas estruturais, já que a iniciativa privada poderá aplicar o capital para melhoramento do sistema de saúde. A união no caso, dessa capital junto ao Estado e município, resultaria num esquema de melhoramento na administração e gerência não só de recursos, mas até mesmo humano. “O caminho é administrar recursos juntos. As três esferas de governo, estadual, municipal e federal, têm que se integrar em prol da sociedade”, argumenta.

A idéia de modelo de gerência do sistema entra em acordo com o do deputado estadual Pedro Henry (PP), que foi o responsável pela decisão de programar os serviços da pasta através do modelo de organização pelas OSS, desde o início de 2011, logo quando Henry assumiu o comando da secretaria de saúde. No entanto, entra em desacordo com a aprovação popular e até mesmo de parlamentares, que questionam os valores pagos a OSS.