O titular da Auditoria-Geral do Estado (AGE), José Alves Pereira, defendeu-se da acusação que lhe fez o advogado Carlos Frederick, advogado de defesa de três pessoas enquadradas pela operação ‘Cartas Marcadas’, de que estaria incorrendo em crimes de violação de sigilo profissional e desobediência a sigilo judicial.

Frederick defende o ex-presidente do sindicato dos agentes de administração fazendária (AAF), João Vicente Picorelli, o advogado Enelson Alessandro Nonato e o servidor estadual Enildo Silva Martins. Todos foram presos temporariamente pela polícia em nome da operação que investiga fraudes na emissão de cartas de crédito.

O advogado tinha anunciado na quarta-feira (21) o de um mandado de segurança na Justiça para impedir que o auditor-geral volte a se pronunciar a respeito das investigações e dos cálculos das cartas de crédito alegando que ele estaria quebrando o segredo de Justiça imposto ao inquérito da Delegacia Fazendária (Defaz).

Por meio de sua assessoria de imprensa, entretanto, o titular da AGE afirmou que o segredo judicial imposto é referente apenas ao inquérito judicial e não ao trabalho da AGE, que inclusive foi divulgado à imprensa pela própria Defaz logo após a deflagração da operação. Pereira destacou ainda que não tem aceso ao inquérito policial.