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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Superpopulação e poluição podem ter agravado gripe suína no México, diz virólogo

Superpopulação, estresse, poluição atmosférica e desnutrição são, possivelmente, as causas pelas quais a atual epidemia de gripe suína mata mais na Cidade do México, afirma o virólogo José Iván Sánchez, da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), em entrevista à agência de notícias France Presse.


No total, a doença --oficialmente denominada "influenza A (H1N1)"-- já matou 16 pessoas no México, sendo 11 na capital e três no Estado do México, que engloba os subúrbios da capital, onde moram mais de 20 milhões de pessoas.

Para o virólogo, a capacidade do vírus para provocar "este dano pulmonar que resulta em pneumonia e na morte" possivelmente é consequência "da baixa imunidade" decorrente do estresse e da poluição atmosférica. O ministro da Saúde mexicano, José Angel Córdova, já afirmou que o alto índice de mortes no México se deve ao fato de que os pacientes "chegam em estado muito grave" ao hospital.

De acordo com os especialistas, se o paciente é tratado com antiviral até dois dias após o surgimento dos sintomas, a possibilidade de cura é quase total.

Para Sánchez, além da demora no tratamento, há outros fatores que contribuem para a alta letalidade na Cidade do México, onde a população é mais estressada e a poluição atmosférica altíssima. "Se vivessem em um sistema sem estresse, sem poluição e com boa nutrição, isto evitaria que o vírus tivesse a capacidade de gerar o dano pulmonar que leva à pneumonia e, por sua vez, à morte", disse.

Na Cidade do México e em sua imensa região suburbana, ao menos 10% dos bebês nasce com menos de 2,5 kg, devido à desnutrição de suas mães, ao estressante ritmo de vida e à poluição ambiental, segundo dados da secretaria de Saúde. Os mortos da epidemia de gripe suína no México tinham entre 21 e 40 anos de idade e 12 eram mulheres.

Segundo o especialista, os fatores que podem estar provocando o elevado número de mortes podem ser os mesmos que propiciariam a vertiginosa propagação do vírus, com o agravante do elevado uso de transportes coletivos na Cidade do México, a exemplo do metrô, por onde circulavam diariamente 4,5 milhões de passageiros.

Conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), o México tem 397 casos confirmados de infecções humanas causadas pelo vírus, sendo que 16 deles resultaram em morte.

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