Mato Grosso tem R$ 665 milhões previstos no Orçamento do Governo Federal, mas não há garantia de que todo esse montante ‘chegue’, como reforçou hoje o líder da bancada federal de Mato Grosso e dos congressistas do Centro Oeste, deputado federal Wellington Fagundes (PR). Um dos entraves para a execução das obras previstas no orçamento é a crise econômica mundial.

“Isso [o valor previsto no orçamento] não é impositivo ao Governo Federal. Ou seja, o Executivo não tem a obrigação de cumprir com o que está previsto”, admitiu em coletiva à imprensa. Fagundes opina que Brasília não pode deixar de investir, mesmo frente a uma crise internacional.

O republicano lembrou a postura do ex-presidente petista Lula, que foi à televisão pedir à população brasileira não parar de consumir por conta da crise. Segundo Wellington, seria um erro da atual gestão se preocupar em emprestar dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e deixar de cumprir os investimentos previstos.

Mato Grosso teve um incremento de 40% nos recursos previstos no Orçamento em relação ao ano passado. As verbas estão previamente destinadas a obras de infraestrutura que não estão contempladas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e na Saúde, cujos recursos também serão provenientes da Educação, uma vez que a Universidade Federal de Mato Grosso destinará recursos para o Hospital Universitário Julio Muller.

O antigo problema de abastecimento de água em Chapada dos Guimarães também deverá ser resolvido caso o dinheiro “chegue”. Serão pouco mais de R$ 10 milhões utilizados em uma ação que Fagundes classifica como complexa. A adutora trará água ao município de uma distância de 32 Km. “Talvez essa verba nem seja suficiente”, completou.