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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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ELEIÇÕES 2012

Com a máquina pública na mão, Galindo é o candidato mais forte

Um analista político não acredita que o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, esteja sendo sincero quando afirma que não será candidato à reeleição. Ele admite que o ano de 2012 será marcado por uma efervescência política muito mais intensa do que o ano passado, mas acha ainda muito cedo para os políticos se exporem. Vem daí a sua crença de que o prefeito é e será um dos principais, senão o ator principal do cenário político da eleição municipal da Capital.


O argumento mais forte, que cita para corroborar sua opinião, é a condição favorável que a maioria dos detentores de mandato tem de, com a máquina pública nas mãos, poder executar obras, realizar ações reclamadas pela comunidade, fazer acordos com outros partidos e definir outras ações que por sua própria natureza são impedidas ao candidato comum – a troca de secretários, por exemplo, que lhe permite cortejar e seduzir os partidos de cujo apoio depende para ganhar uma eleição.

Assim é que Chico Galindo pode ser visto como um candidato que já sai na frente dos demais ou que já teria meio caminho andado para ganhar a eleição para prefeito de Cuiabá. Ainda mais se se levar em conta que demonstra muito apetite para o poder e não é nenhum neófito na política. Já disputou outros pleitos, ganhando alguns e perdendo outros, tanto aqui quanto em Presidente Prudente. Na verdade, lá ele só teria perdido, embora se saiba que, na política, às vezes as derrotas ensinam mais do que as vitórias.

A herança maldita que recebeu de Wilson Santos pesou em seus ombros desde a primeira hora em que ocupou a cadeira mais importante do Alencastro. Em vez de exercer o papel de protagonista que cabe a todo prefeito de uma cidade do porte de Cuiabá, na maioria das questões ele jogou na retranca, preocupando-se muito mais em se defender do que em atacar. Um grande número de eleitores não lhe perdoa por isso, apesar de ter herdado do seu antecessor a maioria dos problemas que enfrentou no decorrer dessa metade de mandato.

O analista demonstra convicção ao afirmar que Galindo não é nenhum iniciante na política. Quem pensar que o prefeito é um marinheiro de primeira viagem pode pagar um preço caro por isso, assegura. E recorda que ele se aliou ao governo do Estado, destinando duas secretarias para o PMDB, e conta com o apoio de muitos partidos nanicos, que, ao se unirem, acabam dando ao político que apoiam uma representatividade substancial que pode fazer a diferença.

Sempre que precisa se posicionar a respeito de algum tema polêmico, seja sobre um problema mais grave vivido pela cidade, seja a respeito de sua equipe de governo, como no caso de um puxão de orelhas neste ou naquele secretário, o prefeito se poupa. Nesses momentos, quem enfrenta o desgaste é seu porta voz de fato, o secretário Dilemário Alencar, presidente do PTB municipal. E Dilemário tem sido incisivo quando bate na tecla de que os petebistas querem que Galindo dispute a reeleição.

Esses são alguns fatores que, de acordo com o político que acompanha as nuances da política mato-grossense, pesam a favor de Galindo. Agora, dizer que ele ganhará a eleição é um exercício de futurologia precipitado e que pode não se confirmar. Muita água ainda haverá de passar por debaixo da ponte, como a definição das demais candidaturas, das alianças que serão costuradas e de outros detalhes relevantes. Hoje o cenário político é esse, amanhã pode mudar, sentencia.
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