Com um vasto ‘leque’ de clientes, o marqueteiro Manoel Netto amealhou grande experiência em eleições. Na avaliação que faz da próxima disputa eleitoral, ele considera que, atualmente, há mais candidatos do que profissionais gabaritados na área de marketing para atender a demanda necessária. Sobre as eleições em Mato Grosso, ele reforça a idéia de que a demora na definição do quadro político demonstra certo amadorismo da classe política.

“O político está desmoralizado, a instituição da improbidade administrativa é um termo comparado ao da pirâmide invertida e isso é um absurdo em um país democrático”, avaliou o marqueteiro, ao afirmar que a principal função do marqueteiro não é apenas vender o candidato como um produto.

“Eleitor não é produto, mas sim convencimento e, por isso, o candidato deve ter conteúdo”, assegurou o marqueteiro, que já trabalhou em campanhas do falecido Dante de Oliveira, senador Blairo Maggi (PR), deputado federal Julio Campos (DEM), dentre outros representantes políticos de Mato Grosso, além de outras conhecidas figuras do cenário nacional.

No ponto de vista de Netto, as campanhas eleitorais podem ser comparadas a empresas que funcionam durante algum tempo e depois fecham; mas, não devem fechar por falência, mas sim porque concluíram o seu objetivo. “A obrigação, na campanha, não é vencer, mas fazer com que o candidato saia melhor do que entrou”.

Uma das questões negativas citadas por Manoel é quanto a demora dos pretensos candidatos para confirmarem seus nomes na disputa. Segundo o marqueteiro, uma campanha bem solidificada e estrategicamente organizada deve começar com uma  antecedência maior, pois assim as chances de se ‘sair vitorioso’ são bem maiores. “Na política não cabe mais o amadorismo”, conclui.