Depois de aproximadamente 20 dias de recesso, os veredores e servidores da Câmara Municipal de Cuiabá retornaram ao trabalho nesta segunda-feira (16). Isso significa que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a reforma superfaturada em R$ 1,131 milhão da sede Câmara de Cuiabá, deve se reunir ainda hoje.

De acordo com o vereador Edivá Alves (PSD), a CPI investiga se houve ou não superfaturamento na obra que custou R$ 3,5 milhões aos cofres públicos, e qual teria sido a participação do ex-presidente daquela Casa de Leis, Deucimar Silva (PP), nesta irregularidade.

Caso fique comprovada a culpa do progressista no superfaturamento, a CPI pode recomendar a instalação de uma comissão processante para investigá-lo, o que pode resultar em cassação de mandato.

O superfaturamento em mais de 1000% na reforma da sede da Câmara Municipal foi constatado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), durante julgamento das contas de 2010. No ano passado Deucimar foi condenado pelo TCE a devolver R$ 1.223 milhão aos cofres públicos.

Edivá adianta que a CPI deve agora focar em perícias e laudos técnicos que podem apontar possíveis irregularidades na obra. O fato é que as primeiras chuvas que ocorreram no início deste ano deixaram a sede da Casa de Leis alagada, mais um indício de que a reforma teria sido mal executada.