A situação do vereador Deucimar Silva (PP), que já é delicada depois da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possível superfaturamento de R$ 1,1 milhão nas obras de reforma da Câmara Municipal de Cuiabá sob sua presidência, deve piorar. é que, nesta terça-feira (17), o também vereador Domingos Sávio (PMDB) despachou no corredor, porque ficou impedido de entrar em seu gabinete devido ao estado calamitoso em que ficou a sua sala por conta das fortes chuvas.

Tanto Domingos Sávio quando seus assessores parlamentares tiveram que atender no corredor da Casa de Leis. Além das incontáveis goteiras, o mau cheiro nas salas do gabinete é ‘insuportável’, afirmou o peemedebista. “Eu só quero trabalhar”, lamentou.

No mesmo instante, o presidente da CPI, Edivá Alves (PSD), estava reunido com os demais membros da comissão para dar início aos trabalhos de investigação dos valores pagos pela obra, pois, segundo um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), houve um superfaturamento de R$ 1,1 na reforma, realizada em 2010 durante a gestão de Silva.

Domingos Sávio disse que já encaminhou ofício à presidência pedindo que a Alos Construtora Ltda, responsável pela obra, seja acionada na justiça. “A presidência prontamente me atendeu. Creio que a reforma ainda está na garantia, pois para obras públicas [esse prazo] é de cinco anos”.

A reforma da Casa de Leis foi orçada em R$ 3,5 milhões. Em seu voto, no ano passado, o relator do processo no TCE, conselheiro Waldir Júlio Teis, asseverou que as irregularidades na reforma são apenas parte dos problemas encontrados nas contas anuais da gestão de Deucimar, que exerceu a presidênica da Câmara no biênio 2009/10.