O suplente de deputado federal Roberto Dorner (PSD) classificou hoje (18) de "desesperada" a tentativa de seu ex-Partido Progressista (PP), de exigir o direito por sua condição de primeiro suplente na Câmara dos Deputados ao acusá-lo de infidelidade partidária. "Isso é desespero, é uma loucura. Não adianta nada fazer isso", disparou o deputado durante entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

O parlamentar adiantou, porém, que não irá recorrer de qualquer decisão desfavorável do STF que lhe cause a perda da primeira suplência. Dorner não descarta, porém, que possa ter havido falha na análise feita pelos advogados do Partido Social Democrático (PSD) em relação à possibilidade de perda de mandato por infidelidade partidária.

"Eu não vou recorrer. O partido (PSD) é que deve tomar providências. O comando geral está atento. Não vou questionar ninguém. Os advogados nos garantiram que poderíamos mudar de partido sem prejuízo para os mandatos. Alegaram que juridicamente não haveria problema. Não estou preocupado", argumentou.

Questionado sobre um possível embate com o requerente da vaga, o segundo suplente de deputado federal Neri Geller, Dorner disse que espera manter uma boa amizade com o progressista.

"Tenho uma boa amizade com o Neri Geller e espero que este episódio não abale nossa amizade. Tenho o maior respeito por ele. Isso (pedido de liminar) é loucura e desespero do partido que perdeu mais de 55 deputados federais", ponderou.

O diretório nacional do PP e Neri Geller impetraram Mandado de Segurança com pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), a fim de garantir que o parlamentar ocupe vaga iminente na Câmara dos Deputados, alegando que o primeiro suplente, Roberto Dorner, praticou “infidelidade partidária” ao trocar o PP pelo PSD.