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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Análise

Arriscar agora ou em 2014, é o dilema de Mauro Mendes

Foto: Reprodução

Arriscar agora ou em 2014, é o dilema de Mauro Mendes
A trajetória política do empresário Mauro Mendes não é nem muito positiva a ponto de situá-lo como o candidato que reúne mais chances de se eleger ao cargo de prefeito de Cuiabá, nem tão negativa para descartá-lo definitivamente da disputa do páreo. Aliás, neste momento, quando ainda faltam mais de oito meses para a eleição municipal, quase tudo que se fala sobre os possíveis candidatos são somente conjecturas.


Como se sabe, o empresário despontou como candidato de peso a prefeito em 2008, contando com o apoio do então governador Blairo Maggi e de outras significativas lideranças da política estadual, ocupando lugar de destaque entre os mais cotados durante todo o desenrolar da campanha. Perdeu por pouco para o professor Wilson Santos, que provavelmene contou com uma equipe mais afinada, teve mais cacife na reta final da campanha e mais capacidade para convencer o eleitor.

Dois anos depois, na eleição do sucessor do seu padrinho Blairo Maggi, o cenário político já delineava outra conotação. O leitor recorda que Maggi deixara o governo um ano antes para se candidatar ao Senado e apoiou o seu vice Silval Barbosa. Barbosa, além de contar com um padrinho de grande prestígio político, detinha o controle da máquina estadual e soube articular um amplo arco de alianças que o levou à vitória ainda no primeiro turno da eleição ao governo do Estado.

Por essa linha de raciocínio, é correto afirmar que Mauro Mendes quase foi eleito à principal cadeira do Palácio Alencastro, em 2008 e novamente quase foi eleito ao posto mais almejado do Palácio Paiaguás em 2010. Isso é vantagem? É claro que sim, pois Lula amargou três derrotas antes de chegar à presidência, enquanto que Lincoln, que presidiu os EUA, perdeu cinco eleições para finalmente ser eleito ao posto máximo que perseguia.

A cada nova eleição corresponde uma nova situação, com uma correlação de formas diferente. Esta é uma verdade que vigora para qualquer pretendente a candidato, Mauro Mendes aí incluído.

Mas se o pretenso candidato conta com vantagens para liderar uma possível candidatura a prefeito da Capital, também não lhe faltam desvantagens. É visto invariavelmente como o candidato das elites (imposto de cima para baixo), não tem uma imagem simpática frente ao eleitorado, e até hoje não conseguiu explicar as razões de ter-se tornado milionário em Mato Grosso em tão pouco tempo, e muito menos como consegue ser um dos poucos a usufruir de polpudos incentivos fiscais há vários anos.

Como se não bastasse tudo isso, a dificuldade que Mauro Mendes enfrenta dentro do partido na convivência com o cacique Valtenir Pereira mais parece uma luta de boxe de ‘n’ rounds. É como se a cada nova convenção que concorresse, correspondesse um novo round desse sangrento combate entre os dois, que é sempre muito disputado. Resta saber se ele era terá fôlego para suportar a luta até o fim, ou se jogaria a tolha logo nos primeiros rounds.

A verdadeira importância dessa eleição, segundo se comenta, é o detalhe principal que Mauro Mendes irá considerar: é comum ouvir-se, hoje, que ele prefere passar ao largo desta eleição de prefeito, para vir com tudo em 2014. Para ele, a disputa da prefeitura de Cuiabá estaria mais para um combate sem muita expressão do que para a luta do século – em que Joe Frazier nocauteou Mohammad Ali.
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