A classe produtora de Mato de Grosso se reúne na tarde desta segunda-feira (23) com o governador Silval Barbosa (PMDB) para discutir o decreto 855/2011, que cancelou o beneficio que reduzia em 50% a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre a conta de energia elétrica para produtores rurais, causando um impacto direto no custo da produção rural e nas operações agropecuárias do Estado.

Além do presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso (FAMATO), Rui Prado, devem participar da reunião representantes da Aprosoja, Ampa, Acrimat e Sindicatos Rurais do Estado. Os produtores querem que o governador reveja seu posicionamento com relação ao corte do benefício, ou ao menos encontre um meio termo para a questão.

Os ruralistas reclamam que a classe produtora já é bastante onerada no Estado, e esta medida causará sérias complicações financeiras para os produtores. “Já pagamos um valor alto pelos insumos em Mato Grosso: vendemos nossos produtos por valores menores do que os praticados em outros estados; e ainda perdemos incentivos importantes que tornam cada vez mais difícil para a classe absorver esses custos que comprometem o setor produtivo”, avaliou o presidente Rui Prado.

Prado lamenta que Mato Grosso esteja na contramão de estados como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que concedem incentivos significativos aos produtores, e em alguns casos chega a quase zerar a tributação de ICMS sobre energia elétrica.