O deputado federal Pedro Henry (PP), que ainda mantém vínculo na Câmara dos Deputados por não ter feito pedido afastamento do cargo, nega que tenha assinado qualquer ato oficial na condição de secretário de Saúde de Mato Grosso.
Em entrevista ao
Olhar Direto, o parlamentar federal reconheceu que seu nome surgiu em portaria publicada no último dia 20 de janeiro, mas esclarece que houve falha na assinatura eletrônica por parte da Imprensa Oficial de Mato Grosso (IOMAT).
Pedro Henry alega que entre os dias 18, 19 e 20 de janeiro fazia tratamento médico no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o que o deixava impossibilitado de assumir qualquer responsabilidade a frente da Secretaria de Saúde (SES).
"O que ocorreu foi uma falha do IOMAT na assinatura eletrônica dos atos oficiais. Estive internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, entre os dias 18, 19 e 20 de janeiro e não poderia ter assinado nenhum documento. Não tomei posse na secretaria de Saúde e continuo como deputado federal", justificou ao admitir ter sido nomeado pelo governador Silval Barbosa no dia 16 de janeiro deste ano.
O parlamentar informa ainda que os autos foram todos assinados pelo secretário adjunto da pasta, Vander Fernandes. Ontem, ao
Olhar Direto, o deputado comentou que correria risco de cassação sumária caso acumulasse os dois cargos públicos.
O aparecimento do nome do deputado em portaria da SES suscitou dúvida sobre a ocupação de dois cargos públicos por parte de Henry, situação que fere o artigo número 37 da Constituição. Integrantes do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral acreditam que o caso pode levar o parlamentar federal à cassação por quebra de decoro.
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