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Sábado, 04 de maio de 2024

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Em SP, Instituto do Câncer zera fila de cirurgias

Em SP, Instituto do Câncer zera fila de cirurgias
Em um ano de funcionamento, o Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) zerou as filas de espera no Hospital das Clínicas para as cirurgias oncológicas digestivas, ginecológicas e urológicas. Antes, os pacientes esperavam até seis meses. Agora, a demora é de um mês, segundo a direção do instituto.


O tempo médio de espera por consultas também foi reduzido de 45 para 15 dias e houve um aumento de 76% no número desses atendimentos --de 1.700 consultas mensais para 3.000.

feitas 200 operações por mês
"A rapidez do tratamento tem impacto no controle da doença e no estado psicológico do paciente. Receber o diagnóstico de câncer e ficar esperando é muito difícil", diz Paulo Hoff, diretor clínico do Icesp.

Apesar de operar com dois terços da sua capacidade --o funcionamento pleno está previsto para 2010--, o instituto completa hoje o primeiro ano com a marca de 100 mil atendimentos realizados. Dos 29 pavimentos, 20 estão em operação. Ao menos 170 dos 580 leitos estão ocupados.

Segundo o médico Giovanni Guido Cerri, professor titular da USP e diretor-geral do Icesp, a última etapa será a entrega do centro de radioterapia, prevista para o início de 2010. Será o maior centro da América Latina, avaliado em R$ 55 milhões.

Sete bunkers abrigarão um aparelho de tomografia computadorizada de simulação, seis equipamentos de radioterapia e um de braquiterapia --técnica por meio da qual o material radioativo é colocado diretamente no tumor.

Cerri afirma que logo o instituto atenderá pacientes de outras unidades de saúde, encaminhados pela Secretaria de Estado da Saúde. O hospital não é "porta aberta" --não recebe doentes diretamente.

Para os pacientes, o maior impacto está no atendimento. "É uma mudança da água para o vinho [em relação ao SUS, em geral]. Aqui, tem enfermeira 24 horas te tratando com respeito", afirma o aposentado Dorivaldo Barbosa, 57, que se recupera de uma cirurgia para a retirada de câncer no esôfago.

A enfermeira Edna Araújo Teixeira, 63, faz quimioterapia no Icesp para tratar um câncer de mama e concorda com Barbosa. "Sinto-me acolhida, bem-tratada. Isso aqui parece um Playcenter", exagera, enquanto toma chá com bolachas.

Para Giovanni Cerri, o bem-estar do paciente reflete-se no bom prognóstico do tratamento. "Quanto mais agradável, mais acolhedor for, mais rápida é a recuperação e melhores são os resultados. Nosso foco é sempre o paciente", afirma.

Neste mês, o instituto ganha um "hospital-dia". São 30 leitos para pacientes que fazem procedimentos como biopsias, transfusões de sangue e aplicações de medicação e ficam no local entre duas e 12 horas.

A unidade vai beneficiar, especialmente, os pacientes com leucemias e linfomas, que precisam de aplicações regulares de medicação, transfusões sanguíneas e eventuais cirurgias.

O instituto também investe em tecnologia. Desenvolve, por exemplo, um sistema de correio pneumático que permitirá o envio de qualquer material de até 7 kg dentro de uma cápsula, capaz de percorrer os 29 andares do prédio em dez segundos.
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