O secretário de Segurança Pública do Estado, Diógenes Curado, defendeu o delegado da Polícia Civil Paulo Vilela, afastado do cargo de diretor geral nessa terça-feira (31) após determinação da Justiça Federal. O chefe da pasta afirmou que tanto ele quanto o governador Silval Barbosa (PMDB) confiam no delegado.
“Ele está se defendendo e nós, tanto eu quanto o governador o consideramos uma pessoa de confiança e não temos o que reclamar da atuação dele”, afirmou Curado, durante entrevista ao
Olhar Direto, na manhã de ontem, pouco antes da decisão pelo afastamento ser informada à imprensa.
Vilela foi afastado do cargo de diretor geral da PJC após ser acusado, pelo Ministério Público Federal (MPF), de quebra de segredo de Justiça e prevaricação para beneficiar o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Geraldo Riva (PSD). A denúncia foi acatada pelo juiz Federal Fabio Henrique Rodrigues de Moraes Fiorenza, substituto na 5ª Vara Federal de Cuiabá.
Além de decretar o afastamento do delegado do cargo, Vilela também ér acusado de, supostamente, cometer crime de improbidade administrativa, segundo consta da denúncia do MPF.
O delegado teria editado uma portaria na qual avocava (atraía para si a atribuição sobre) os documentos de investigação em trâmite na Delegacia de Polícia de Campo Verde (MT), que apura crimes supostamente cometidos pelo candidato a deputado estadual e atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado, José Riva, nas eleições de 2010.
Segundo o MPF, assessores do delegado e um assessor de Riva foram ao município buscar os documentos referentes à investigação e, depois de conseguir o material contendo informações sobre interceptações telefônicas e outros documentos apreendidos, o delegado entregou o material para Éder Moraes, então Chefe da Casa Civil de Mato Grosso, quebrando o sigilo funcional.