O deputado que ocupa o cargo de corregedor da Câmara Federal e que pode dar início à abertura de investigações contra Pedro Henry (PP) por quebra de decoro parlamentar devido ao acúmulo dos cargos de deputado e secretário de estado é membro do Partido Progressista (PP).

Por esta razão é que recaem dúvidas sobre o interesse e a motivação do deputado corregedor Eduardo da Fonte (PP/PE) em acolher a denúncia que foi feita pela ong Moral nesta quinta-feira (02), em Brasília.

Este mesmo corregedor impediu, no ano passado, que o deputado Jair Bolsonaro (RJ), também do PP, fosse levado ao Conselho de Ética da Câmara depois de fazer declarações contra homossexuais.

Segundo apurou o Olhar Direto, a tramitação de uma representação feita por entidade civil, no caso da Moral, é diferente dos caminhos de uma petição feita por parlamentares ou partidos políticos.

A representação protocolada na Câmara dos Deputados foi apresentada primeiramente na Mesa Diretora da Casa. Porém, antes de chegar ao Conselho de Ética, a documentação chegará às mãos do corregedor, que fará uma análise do fato.

“Caberá ao corregedor encaminhar ou não a denúncia ao Conselho de Ética”, informou uma fonte ligada ao Conselho de Ética.