Um levantamento da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá constatou ser alto o índice de larvas do mosquito Aedes aegypti, com grande risco de ocorrência de uma epidemia de dengue na capital mato-grossense. Apesar disso, os dados indicam que houve uma redução de 63% dos casos em janeiro deste ano, se comparados ao mesmo período do ano passado.

O índice aceitável de larvas seria de 4%, porém na capital há uma variante de 7%. Os bairros considerados mais críticos são Dom Aquino, que chegou a casa dos 14%, seguido do Pedra 90 com 13%, além do Planalto, Pedregal e Cidade Alta.

O secretário de Saúde, Lamartine Godoy, acompanhado de uma equipe da secretaria, explicou durante coletiva realizada na manhã desta terça-feira (7) que 70% dos casos identificados este ano estão relacionados ao acúmulo de lixo em residências e terrenos. “A população tem que se conscientizar, não se trata apenas de punir”.

Atualmente, 320 agentes visitam residências da capital em uma média de sete vezes por ano. Cada agente fiscaliza entre 800 e mil casas a cada 45 dias, das quais, 10% não autorizam a entrada dos representantes da Secretaria de Saúde. Quando se trata de terrenos baldios, a pasta é informada e repassa para a Secretaria de Meio Ambiente que identifica os proprietários e aplica multas ou o IPTU progressivo.

As medidas adotadas pela pasta para tentar reverter este quadro na capital mato-grossense devem ser intensificadas ainda mais, diante da notificação de um caso do tipo 4 da dengue, em Várzea Grande. Segundo os gestores, não chega a ser o mais grave, mas se não for controlado deve dificultar o combate a aumentar ainda mais os riscos de epidemia.