O governador Silval Barbosa (PMDB) se recusa a ouvir as reivindicações dos servidores da segurança pública, que exigem valorização salarial e melhores condições de trabalho, principalmente para os praças da Polícia Militar.

A reclamação em tom de desabafo é do deputado cabo Juliano Rabelo (PSB/MT), que alega estar tentando conseguir uma audiência com o governador desde o ano passado, quando assumiu como suplente na Câmara dos Deputados, mas afirma que até hoje não foi atendido no Paiaguás.

"Eu e minha assessoria estamos tentando desde o ano passado marcar uma audiência com o governador Silval Barbosa para mostrar os resultados da inspeção que fiz em diversos municípios do interior do Estado. Neste ano já tentamos duas vezes e não obtivemos resposta. Ele (Silval) precisa ouvir as reivindicações do nosso segmento", declarou.

O deputado revela que há policiais aprovados em concurso público mas que ainda não foram convocados. Ele destaca que há um déficit no efetivo da Polícia Militar, que não está sendo revertido com a realização de concursos públicos.

"Mato Grosso tem pouco mais de sete mil policiais militares, quando o que está previsto em lei é um efetivo de 16,9 mil. Há muitos pedidos de aposentadoria e os concursos não dão conta da reposição. Temos um déficit de 60 % no efetivo", salientou.

Segundo Rabelo, o sindicato dos servidores do sistema prisional (Sindispen) já pediu a interdição de presídios no interior do Estado devido à falta de efetivo para garantir o funcinamento desses estabelecimentos.

De acordo com o deputado, o assalto à agência do banco Sicredi, nesta quarta-feira (08) em Nova Lacerda (546 km de Cuiabá), se tornou prática comum mas poderia ser evitada com o reforço de policiamento. "Este assalto é mais uma prova da fragilidade da segurança pública em Mato Grosso", frisou.

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