Apesar de ter nascido forte em Mato Grosso, conquistando a filiação de deputados federais e estaduais, muitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, o Partido Social Democrático (PSD) vai depender fundamentalmente do prestígio de seus líderes para eleger o maior número de prefeitos na eleição de outubro próximo. É que, a nova agremiação não passa de um partido nanico, pelo menos quando se analisa o quesito tempo que disporá para sua propaganda oficial.

É esse o principal dilema das lideranças pessedistas, segundo analisam os observadores políticos. Como a propaganda eleitoral ainda é vista como um importante fator no qual se baseiam as agremiações na tarefa de vencer uma eleição, caberá ao PSD buscar coligações para ampliar o seu tempo disponível na mídia para a propaganda eleitoral.

O caso de São Paulo é sintomático: dos 39 maiores colégios eleitorais paulistas, apenas nove devem lançar candidatos. Se lá, que foi o berço do PSD a situação é grave, imagine então a situação dos demais estados, Mato Grosso aí incluído. O deputado Riva, presidente do PSD, terá que executar um trabalho hercúleo no Estado para viabilizar o partido que fundou, segundo comentam os analistas.

A ideia mais recorrente é que o PSD nasceu fadado a se coligar com outros partidos, com vistas a se viabilizar. A expectativa geral é o que os pessedistas vão tentar fazer coligações com o PSB ou PT, já que segundo o prefeito Kassab, o partido não é de direita nem de esquerda, mas o partido do equilíbrio. Esse detalhe aumenta ainda mais a necessidade do PSD se aliar a outras siglas na próxima eleição.