O presidente da Comissão de Direito de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB/MT), Thiago França, apresentou, recentemente, dados que demonstram uma realidade assustadora quanto às ocorrências de trânsito na região metropolitana de Cuiabá. Conforme dados do Batalhão de Trânsito, no ano passado foram lavrados 119 mil autos de infração e 304 pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito em Várzea Grande e na capital.
“Números absurdos como esses fazem do trânsito a segunda causa de saúde pública e sexta causa de internação hospitalar no Brasil”, alertou o advogado ao cobrar do Executivo Municipal a instalação, de forma emergencial, de radares eletrônicos em Cuiabá.
Conforme o representante da OAB, o pronto-socorro da capital atendeu, somente em 2011, cerca de 10 mil politraumatizados. “Para se ter uma idéia, em dezembro de 2011, foram atendidos 746 motociclistas envolvidos em acidentes de trânsito”.
Thiago alerta ainda para o fato de que o alto índice de acidentes de trânsito acarreta um maior dano ao erário e que a instalação dos radares, comprovadamente, diminuiria os gastos.
“Hoje, lombadas eletrônicas, radares fixos, móveis, estáticos, “pardais”, fazem parte do cotidiano brasileiro. Sem dúvida não é a forma ideal de educar, mas é efetiva. É importante deixar claro, também, que nenhum país desenvolvido no mundo conseguiu enquadrar o seu trânsito sem usar de forma firme a educação e a represssão, que acabam sendo extremos de uma mesma corrente”, assegurou.
Diante dos dados apresentados pelo advogado, a OAB tem se posicionado favorável a implantação dos radares, em Cuiabá. No ano passado a Prefeitura de Cuiabá assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, que até o momento não foi cumprido e já há uma liminar do Judiciário que determina a instalação imediata, mediante o risco do pagamento de multa diária de R$ 5 mil/dia.
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