A presença e o discurso do governador Silval Barbosa (PMDB) na reunião com representantes do setor rural não esfriou os ânimos dos produtores. Após a saída de Silval, as falas no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) continuaram sendo de incomodo e revolta em relação à tributação imposta ao setor.

Os produtores estão se insurgindo contra o pacote tributário do Governo Estadual, constituído por 11 decretos e uma portaria que, de acordo com os representantes, pode inviabilizar a produção. O setor avalia que a mudança das regras vai causar um impacto (prejuízo) de R$ 1,15 bilhão.

“Temos que fazer com que o governador não faça mais decretos sem nos consultar”, reclamou um dos participantes após a saída do chefe do Executivo. Outro representante do setor pediu solicitou que haja uma reunião mensal com o governador, a fim de que ele não “surpreenda” mais os produtores.

A insatisfação é tamanha que um dos presentes chegou a propor que o segmento se uma e peça a cabeça do secretário adjunto de Receita Pública Marcel Souza de Cursi. No entanto, a maioria dos presentes não concordou com a sugestão. O problema, de acordo com a maioria, vem do governador.

Em entrevista após a saída de Silval do auditório da Famato, o presidente Rui Prado afirmou que a crise entre os produtores e o governo estava superada, mas admitiu que o setor ainda está apreensivo com i aumento dos impostos.

O clima de hostilidade dos produtores ao governador era visível durante a rápida presença de Silval no auditório. No entanto, enquanto o peemedebista esteve presente na reunião, os presentes preferiram optar pela diplomacia e acataram o pedido de Silval pela manutenção do diálogo.

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