O deputado federal Nilson Leitão (PDT) tenta, por meio de um projeto de lei, mudar o decreto 6.169, de 2009, e estimular o financiamento para o plantio de cana-de-açúcar nas regiões do Alto Paraguai, Pantanal e Bioma Amazônico. No ponto de vista do parlamentar, a medida federal prejudicou Mato Grosso e o veto não passaria de uma questão comercial.
O zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, segundo Leitão, estaria prejudicando o desenvolvimento sucroalcooleiro.
“Essa medida federal refletiu negativamente para o Estado. Assim como sofreu com operações ambientais na pecuária e no setor madeireiro no passado, Mato Grosso está sendo prejudicado com esse veto”, afirma.
Integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária, o deputado considera o veto inconstitucional e sem fundamento, uma vez que não existe argumento plausível que o justifique.
“Chegamos à conclusão de que é um veto apenas comercial, pois a cana não prejudica ambientalmente o Estado, ela tem um potencial de sequestro do gás carbônico, sua mão de obra hoje é totalmente mecanizada e todo seu subproduto é reutilizado”, pontua Leitão.
Desde agosto, o deputado federal vem tentando inserir no Código Florestal algumas modificações, como o cultivo da cana ecologicamente correto e economicamente viável.
A ideia principal é de que a cana seja plantada em áreas de segundo plantio, áreas consolidadas, sem derrubar uma só árvore, e convencer o Conselho Monetário Nacional a subsidiar a plantação assim como já faz com outras culturas, informou a assessoria do parlamentar tucano.