Pré-candidato a prefeito de Cuiabá pelo PSB, o empresário Mauro Mendes (Bimetal) afirmou que irá tratar como “uma relação comercial” a questão de um cheque pessoal, no valor de R$ 1 milhão emitido em favor de um posto de combustível da capital.

Questionado pela reportagem do Olhar Direto sobre as implicações eleitorais e jurídicas da ação judicial movida pela portadora do cheque, o líder socialista avalia que esses problemas não impedirão que ele dispute a sucessão municipal.

“Por enquanto, eu estou tratando essa situação como uma mera relação comercial”, ponderou Mendes ao ressaltar, contudo, que o cheque foi dado “apenas como caução (garantia para terceiros)”. “Infelizmente, essas terceiras pessoas não honraram com a palavra”, acrescentou Mendes.

O caso do cheque de R$1.191.000,00 emitido em nome de Mauro Mendes ganhou espaço na imprensa em 2010, durante a campanha ao Governo do Estado, quando a empresária Marilene Ribeiro, proprietária do Posto Milenium, veio a público reclamar de um calote do empresário.

O cheque está datado de 16 de setembro de 2010, mas Mendes argumenta que esse cheque é de 2008 e foi guardado para prejudicá-lo no momento da campanha ao governo. O empresário defende que o cheque foi assinado por ele, com o valor definido, mas sem a data, porque seria apenas um cheque caução para um amigo.

Outra questão que poderia provocar maiores dores de cabeça a Mauro Mendes é a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que candidatos que tiveram as contas reprovadas não poderiam participar desta eleição. No entanto, Mendes teve as contas reprovadas em 2008, mas o TSE vetou a participação apenas de políticos que não aprovaram suas contas em 2010.

Atualizada às 09h32.


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