O sistema prisional de Mato Grosso enfrenta problemas que vão desde a superlotação das unidades à falta de estrutura de suas dependências e falta de segurança para agentes e policiais militares.
Quem revela este panorama de precariedade é o deputado federal suplente Cabo Juliano Rabelo (PSB), que tem visitado diversos estabelecimentos prisionais do Estado.
No fim de semana passado, ele esteve em Comodoro, Pontes e Lacerda e Porto Espiridião, na fronteira com a Bolívia. Mas foi no presídio de Cáceres que ficou preocupado com o que viu.
"Na entrada do presídio há uma fossa de esgoto a céu aberto. Os funcionários dizem que o esgoto está assim há mais de um mês, que já reclamaram e ninguém faz nada. Eu estive lá e o cheiro é insuportável. Aquilo é uma vergonha", aponta.
O presídio de Cáceres tem capacidade para 85 detentos mas abriga atualmente 345 internos.
Barreira do Limão
O deputado esteve ainda na unidade do Gefron na Barreira do Limão, em Porto Espiridião, porta de passagem entre Mato Grosso e Bolívia. O problema relatado pelos policiais militares da unidade é o tráfico de drogas.
De acordo com o parlamentar, como apenas três policiais fazem o policiamento no local, os bandidos elaboraram uma estratégia para reduzir o efetivo na fronteira e, assim, conseguir entrar no Brasil com armas e drogas.
"Eles colocam pessoas com pequenas quantidades de drogas para serem presas. Daí dois policiais têm que levar essas pessoas para a delegacia e apenas um policial fica responsável pela fronteira. É nessa hora que entram pessoas com grandes quantidades de entorpecentes e armamentos", indica.