O presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senador Jayme Campos (DEM-MT) defendeu, nesta quarta-feira (14.03), uma melhor gestão dos programas do Governo Federal, como forma de garantir o fortalecimento da indústria nacional. “Estamos assistindo a um retrocesso. No geral, o crescimento não ultrapassou 0,1% e o resultado só não foi pior por causa da construção civil”, reclamou.

O senador citou, durante reunião da CAS, números levantados pelo Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAF) para mostrar que dos R$ 18,7 bilhões registrados no Orçamento Geral da União em 2011 para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apenas R$ 815 milhões foram executados, ou seja, 4,3%. “Pelo relatório do sétimo balanço nacional do PAC, Mato Grosso está entre os estados que não estão conseguindo cumprir as metas estabelecidas”, alertou.

A senadora Ana Amélia (PP-RS), presente na reunião da CAS, apoiou a preocupação de Jayme Campos, lembrando que o estado de Mato Grosso sofre com o aumento do custo da soja pela falta de estradas para escoar a produção.

Produto Interno Bruto - Jayme também citou o programa “Brasil Maior” lançado em agosto do ano passado pelo governo, para estimular a indústria. “Foram anunciadas desonerações de 24,5 bilhões de reais ao setor. Mas os benefícios foram anulados com a criação de um novo tributo que incide no faturamento das empresas”, reclamou o presidente da CAS.

O parlamentar comentou ainda as previsões divulgadas pela área econômica para mostrar que setor industrial foi o principal responsável pelo baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,7% registrado em 2011. “Com esse desempenho, a participação da indústria brasileira no total da economia regrediu ao patamar de 1956”, destacou.

O presidente da CAS e os membros do colegiado temem a repercussão no mercado de trabalho. “A desindustrialização já repercute. De cada mil integrantes da força ativa, 55 estão desempregados”, alertou Jayme Campos.