Os gastos irregulares cometidos pelo defensor público geral de Mato Grosso, André Pietro, nos primeiros meses de sua gestão podem ultrapassar R$ 1,9 milhão. A informação consta de um relatório obtido com exclusividade pelo Olhar Direto (confira planilha na galeria de fotos).

O documento aponta que, além de gastos exacerbados fora do orçamento da Defensoria, o chefe da instituição também nomeou apadrinhados políticos do deputado Sérgio Ricardo (PR) e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), como uma espécie de troca de favor pela indicação que os parlamentares fizeram do nome dele ao governador Silval Barbosa (PMDB) para assumir o cargo de defensor-geral.

“No primeiro dia, Pietro exonerou todos os funcionários da Defensoria e nomeou a maioria dos apadrinhados políticos de deputados, esposas e irmãos de juízes e parentes de promotores, que por mais incompetentes que sejam jamais serão exonerados, pois a manutenção deles garante a permanência do gestor no cargo, mesmo praticando atos inaceitáveis pela administração pública”, cita o relatório.

Os relatórios obtidos com exclusividade pelo Olhar Direto apontam desvios de recursos através de aquisições superfaturadas de combustíveis, confirmados em relatório da Corregedoria da Defensoria Pública em que é sugerido o afastamento do defensor geral, André Pietro.
 
As denúncias apontam, ainda, pagamentos adiantados de contratos e serviços que nunca existiram e emissão de notas frias realizadas por parte do gestor.

Veja o relatório:

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Parte 3

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