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Sábado, 27 de abril de 2024

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Engenharia tem quase cem tipos diferentes de cursos

Foto: Bruno Fernandes/Folha Imagem

Pedro Myaki, 25, estudou a construção de barcos na Poli-USP; engenharia tem quase cem tipos diferentes de cursos

Pedro Myaki, 25, estudou a construção de barcos na Poli-USP; engenharia tem quase cem tipos diferentes de cursos

A área de engenharia, que está entre as carreiras mais cobiçadas das universidades, é composta por um leque de 93 especialidades que vão da pesca até a engenharia aeronáutica, segundo o Confea (conselho federal de engenharia).


Apesar de serem tão diferentes entre si, todas têm uma característica em comum, afirmam diretores de curso: formam profissionais treinados para planejar e resolver problemas usando matemática e física --o que, na linguagem da área, é chamado de "modelar".

"Para projetar um prédio, um engenheiro civil cria modelos matemáticos. Um princípio parecido é usado pelo engenheiro agrônomo para planejar áreas de irrigação, e assim por diante", afirma Jorge Stolfi, professor de engenharia de computação da Unicamp.

Na opinião do presidente do Instituto de Engenharia, Edemar de Souza Amorim, uma formação ampla, com conhecimentos inclusive em línguas, é mais importante do que ter conhecimentos específicos. "Sem conhecimento sólido, o profissional não avança na carreira."

Outros especialistas concordam. "A engenharia exige comunicação e trabalho em equipe. Ser apenas um "fera" em matemática é ruim", diz o vice-diretor da Escola Politécnica da USP, José Roberto Cardoso.

Os candidatos a uma vaga em engenharia podem se preparar: os cursos em geral são integrais e com carga horária exigente.

"Já é impossível ensinar tudo o que o engenheiro precisa em cinco anos, período de duração dos cursos. Uma faculdade que ministre menos [tempo] do que isso não é boa", ressalta Ivan Falleiros, diretor da Poli-USP.

Para conferir se uma escola de engenharia tem qualidade, Falleiros sugere aos estudantes que procurem tanto conhecer as condições dos laboratórios quanto os locais onde estão trabalhando os recém-formados.

Pedro Myaki, 25, aluno do sexto ano de engenharia naval na Poli-USP, orgulha-se de seu curso. "Aqui tem ótimos professores e bons laboratórios", diz ele, que já trabalhou com dimensionamento de barcos e plataformas petrolíferas.

"Tenho amigos que a toda hora estão indo trabalhar fora. Há grande demanda por profissionais."

Na Unicamp, um dos cursos de maior destaque é o de engenharia de computação. Os alunos têm aulas de desenvolvimento de software, produção gráfica, uso de inteligência artificial e outras disciplinas.

"O nosso diferencial é a qualidade do corpo docente e dos alunos. É um time de primeira, que poderia criar algo tão bom quanto o Google", diz Stolfi.

Por ser a mais tradicional escola de engenharia do país, a Poli-USP atrai muitos alunos de fora do Estado de São Paulo.

Um exemplo é Fabrizia Melo, 18, do segundo ano de engenharia de produção, que veio de Teresina (PI). "Várias portas se abriram para mim depois daqui."

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